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Sheik das Criptomoedas: Golpe bilionário levanta alerta sobre promessas e fraudes financeiras

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Novos detalhes foram divulgados sobre o esquema fraudulento de criptomoedas liderado por Francisley Valdevino da Silva, popularmente conhecido como o “Sheik do Bitcoin.” De acordo com informações veiculadas pelo programa *Fantástico* no último domingo (15), essa farsa, que envolveu a atuação de um ator atuando como CEO, causou um prejuízo de impressionantes R$ 45 milhões ao jogador brasileiro Jucilei da Silva.

Valdevino, como previamente destacado em reportagens, criou uma complexa rede composta por mais de 100 CNPJs, organizando fraudes com ativos digitais fictícios. A investigação da Polícia Federal revelou que o esquema movimentou, de forma ilegal, cerca de R$ 4 bilhões.

Uma das empresas fraudulentas que ele estabeleceu foi a Forcount, que possuía operações internacionais e contratou o ator uruguaio Nestor Nunez para encenar o papel de um falso CEO chamado Salvador Molina. Nunez, que reside na região metropolitana de Curitiba há 36 anos e possui uma carreira em produções nos idiomas inglês, espanhol e português, foi parte dessa estratégia enganosa. O verdadeiro responsável, no entanto, continuava sendo o Sheik do Bitcoin.

“Era um verdadeiro teatro, com personagens capazes de convencer potenciais clientes a acreditar no golpe”, comentou Fabiano Emídio, oficial da Polícia Federal nos EUA, ao programa. Essa trama foi investigada também fora do Brasil, resultando na declaração de culpa de Nestor Nunez por conspiração para cometer fraude eletrônica, podendo enfrentar até 20 anos de prisão. A sentença está prevista para ser proferida em novembro.

A empresa Forcount sozinha teria causado prejuízos de R$ 50 milhões, afetando mais de 15 mil vítimas apenas no Brasil. O ex-jogador do Corinthians, Jucilei, foi uma das grandes vítimas, perdendo R$ 45 milhões. Outros exemplos incluem a modelo Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, e seu marido, João Figueiredo, que juntos perderam R$ 1,2 milhão em outra das empreitadas fraudulentas do Sheik, chamada Rental Coins.

Prisão

Valdevino foi preso preventivamente em novembro de 2022, em uma casa de custódia na região metropolitana de Curitiba, mas conseguiu responder o processo em liberdade a partir de junho de 2023. Recentemente, ele foi novamente detido por ter violado as medidas cautelares, recomeçando suas atividades ilegais com antigos colaboradores.

Para enganar suas vítimas, ele prometia rendimentos elevados de até 13,5% ao mês em um suposto esquema de locação de ativos digitais, um retorno que é claramente inusitado no mercado de criptomoedas, notório por sua volatilidade. O império do Sheik das criptomoedas começou a desmoronar há cerca de dois anos, quando ele deixou de honrar as promessas aos clientes.

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