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Sheik das Criptomoedas é Condenado a 56 Anos por Desvio de R$ 4 Bilhões em Esquema Fraudulento

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A Justiça Federal do Paraná impôs uma severa pena de 56 anos de prisão ao empresário conhecido como “Sheik do Bitcoin”, Francisley Valdevino da Silva, por liderar um esquema de pirâmide financeira usando criptomoedas. Segundo a investigação da Polícia Federal, o empresário arrecadou mais de R$ 4 bilhões de cidadãos que, na expectativa de obter altos retornos, foram enganados por promessas fraudulentas. Aproximadamente 15 mil pessoas foram afetadas por essa prática predatória.

O juiz federal Nivaldo Brunoni, responsável pelo caso, destacou a desonestidade de Silva, que explorou a confiança de pessoas que investiram suas economias, muitas vezes economizando durante toda a vida. O magistrado ressaltou a gravidade da situação, enfatizando que as vítimas foram convencidas a envolver familiares e amigos, criando uma rede de confiança que foi quebrada.

A sentença também incluiu a condenação de outras cinco pessoas ligadas ao esquema, com penas que variam de 11 a 48 anos de prisão, de acordo com a gravidade dos seus atos. Os bens confiscados, que incluíam imóveis luxuosos, veículos importados, aeronaves e joias, serão destinados ao ressarcimento das vítimas enganadas.

Francisley Valdevino da Silva já havia sido preso em 2022, mas obteve liberdade em junho de 2023. No entanto, ele foi detido novamente em agosto deste ano por violar restrições judiciais e retornar a práticas ilícitas, seguindo com operações fraudulentas, inclusive junto a antigos colaboradores. A operação que resultou na prisão em agosto, batizada de “Maracutaia”, mobilizou cerca de 30 policiais federais, que cumpriram mandados de prisão e busca em Curitiba e em São José dos Pinhais.

O “Sheik” começou a construir seu suposto império na área das criptomoedas em 2016, quando montou cerca de 100 empresas ligadas a esse setor. Antes de se aventurar no mercado financeiro, ele trabalhou como vendedor de aquários e esteve envolvido com marketing multinível.

Para atrair investidores, Francisley prometia lucros de até 13,5% ao mês, algo altamente questionável no volátil mercado de criptomoedas. Sua abordagem incluía até a contratação de um ator uruguaio para simular um CEO em uma de suas empresas, o que revela a dimensão da fraude.

Entre as vítimas de seu esquema estão figuras conhecidas, como a modelo Sasha Meneghel e seu marido, que perderam R$ 1,2 milhão, além do ex-jogador do Corinthians, Jucilei, que foi prejudicado em R$ 45 milhões. Este caso serve como um alerta sobre a importância da vigilância e da responsabilidade na liberdade econômica, ressaltando que tanto a educação financeira quanto a regulamentação adequada são essenciais para proteger cidadãos contra práticas fraudulentas e garantir um ambiente de negócios saudável.

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