O setor de serviços no Brasil enfrentou uma ligeira queda de 0,4% em agosto, após um aumento de 1,2% em julho, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a primeira desaceleração desde fevereiro, mas, ao comparar com agosto de 2023, ainda registra um crescimento de 1,7%, mostrando que a recuperação, embora com oscilações, continua.
No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% em relação ao mesmo período de 2023. No indicador dos últimos 12 meses, agosto trouxe um avanço de 1,9%, mesmo resultado registrado em junho e julho. Apesar da queda mensal, o setor ainda se encontra 15% acima dos níveis pré-pandemia de fevereiro de 2020.
Vale destacar que os dados mensais não corresponderam às expectativas de analistas do consenso LSEG, que previa uma alta de 0,2% para o volume de serviços. Em termos anuais, a expectativa era ainda mais otimista, com crescimento de 3,6%. Essa discrepância é um sinal de que, embora o cenário seja de recuperação, a economia ainda enfrenta desafios, incluindo os impactos das políticas econômicas atuais.
Analisando as atividades que compõem o setor, duas das cinco investigadas mostraram retração. O segmento de informação e comunicação teve uma queda de 1,0%, após um ganho de 3,7% nos dois meses anteriores. O transporte também apresentou um desempenho negativo, com uma redução de 0,4% — essa é a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma perda de 2,0%.
Por outro lado, setores como serviços prestados às famílias (crescendo 0,8%) e outros serviços (1,4%) apresentaram um desempenho positivo no mês, destacando-se de um panorama que ainda gera incertezas. O setor de profissionais, administrativos e complementares manteve-se estável, sem variação.
É crucial que, apesar dessas flutuações, permaneçamos atentos às oportunidades que podem surgir a partir destes dados. O país precisa de políticas que promovam uma verdadeira liberdade econômica, possibilitando que o setor privado floresça, garantindo mais empregos e desenvolvimento sustentável. O fortalecimento da segurança pública e educação de qualidade também são fundamentais para criar um ambiente propício ao crescimento econômico. Somente assim poderemos assegurar não apenas a recuperação do setor de serviços, mas também do país como um todo.
A tendência de recuperação do setor, evidenciada pelo aumento em períodos anteriores e a estabilidade em outros segmentos, revela que, com as direções corretas e um ambiente produtivo, poderemos reverter os efeitos negativos atuais e construir um futuro melhor e mais próspero.