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Retorno do Horário de Verão: Medida Necessária ou Mais Uma Interferência Governamental?

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a tomar uma decisão importante sobre o retorno do horário de verão no Brasil. Esse assunto, que já faz parte da rotina dos brasileiros, deve ser definido ainda esta semana. Fontes próximas ao governo afirmam que a escolha será feita em breve, influenciada pela situação crítica das secas que têm atingido várias regiões do país.

A seca atual tem severas consequências, como a diminuição dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que são responsáveis por suprir a maior parte da demanda elétrica do Brasil. Além disso, as altas temperaturas aumentam o uso de aparelhos como ar-condicionado, resultando em um maior consumo de energia.

Vale lembrar que o horário de verão foi eliminado em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Especialistas, então e agora, sustentam que a economia de energia proporcionada pelo horário de verão era insuficiente para justificar a adoção da medida. Esta prática envolve adiantar os relógios em uma hora nos meses mais quentes, permitindo que a luz do dia seja aproveitada por mais tempo e, assim, diminuindo a necessidade de iluminação elétrica ao final da tarde.

Lembrando que, nas áreas urbanas, a iluminação pública também pode ser ativada mais tarde, aliviando a demanda no sistema elétrico.

Para tomar sua decisão, Lula aguarda as últimas análises realizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). O presidente terá a palavra final sobre o assunto.

Ministro oferece apoio à medida

Na última segunda-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou em entrevista que sua equipe provavelmente recomendará o retorno do horário de verão. Silveira enfatizou que "o horário de verão se torna uma necessidade urgente para assegurar a estabilidade do Sistema Interligado Nacional e planejar medidas para 2026". Ele destacou que, embora não seja viável decretar a mudança de forma imediata, há tempo suficiente para um planejamento adequado caso a decisão seja positiva.

A aplicação de políticas que promovem eficiência energética e a segurança do fornecimento de energia são vitais, especialmente em um cenário onde a previsibilidade e a responsabilidade fiscal são essenciais para o crescimento econômico e a preservação de valores tradicionais.

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