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Regulamentação das Apostas: Riscos Alarmantes e Consequências Desastrosas para o Brasil

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez um contundente pronunciamento no Senado, nesta terça-feira (24), se opondo à regulamentação das apostas esportivas, uma medida provisória aprovada no ano passado (MP 1.182/2023). Girão expressou preocupações sérias sobre como a nova legislação poderia facilitar a infiltração do crime organizado no setor, citando investigações ligadas a facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho.

Além disso, o senador trouxe à tona preocupações relevantes sobre a dependência do jogo. Relatos de outros países onde a regularização das apostas foi implementada indicam que até 5% da população pode estar viciada, o que, se replicado no Brasil, significaria cerca de 10 milhões de pessoas afetadas. Ele enfatizou que a compulsão por jogos pode levar a um aumento na criminalidade e até em casos de suicídio, referindo-se a estudos que mostram que uma porcentagem alarmante de ludopatas já considerou o suicídio.

Bingos e Cassinos

Outro ponto abordado por Girão foi seu apelo para que seus colegas rejeitem o projeto de lei (PL 2.234/2022), que visa legalizar a instalação de bingos e cassinos no Brasil. O senador argumentou que essa proposição, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), poderia ter um impacto econômico e social devastador. Com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ele mencionou que o setor das apostas esportivas já gerou um prejuízo estimado em R$ 117 bilhões por ano ao comércio. Além disso, destacou que entre janeiro e agosto de 2024, os beneficiários do Bolsa Família gastaram mais de R$ 11 bilhões em jogos, um agravante à situação financeira de muitas famílias.

Girão denunciou que o projeto proposto abrange a criação de mil bingos e 67 cassinos, a maioria dos quais seria direcionada a um grupo empresarial espanhol. Para ele, essa situação é absolutamente inaceitável e, em seu discurso, pediu uma postura firme de seus colegas no Senado para rejeitar tal proposta. Ele se mostrou esperançoso de que, caso o presidente decida levar o assunto para votação, o Senado possa se unir para barrar a iniciativa, que, segundo ele, favoreceria um pequeno grupo à custa do bem-estar da população, resultando em milhões de brasileiros em uma posição financeira ainda mais precária.

(Com informações da Agência Senado)

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