O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro teve uma redução no volume de recursos congelados de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões. O segmento de mercado já se manifestou, antecipando-se às declarações que seriam dadas em uma coletiva de imprensa programada para hoje, 23. Na sexta-feira, último dia para a entrega do Relatório de Receitas e Despesas do 4º bimestre ao Congresso Nacional, os dados foram divulgados.
Haddad relatou otimisticamente que, embora o mercado não tenha aguardado por explicações, as informações sobre receitas e despesas são positivas. No entanto, essa decisão de desbloqueio de recursos gerou uma onda de críticas por parte de economistas e profissionais do setor financeiro, que esperavam que o governo optasse por aumentar os valores congelados em vez de liberá-los.
Sobre a questão da elevação da taxa de juros no Brasil, o ministro expressou que esse movimento poderia impactar as interações com investidores estrangeiros nos Estados Unidos. Ele acredita que o ciclo de aumento monetário será transitório e que, assim que a situação econômica se estabilizar, o país poderá retomar uma trajetória de queda nas taxas de juros.
Haddad também reafirmou a expectativa de que o Brasil conseguirá um avanço em seu rating pelas agências de classificação de risco até 2025, progredindo em direção à recuperação do grau de investimento. Atualmente, o Brasil está a dois níveis de distância de reconquistar o selo de bom pagador conferido pelas três principais classificadoras mundiais: Moody’s, S&P e Fitch Ratings. Ele destacou que, a cada ano, o Brasil está superando os degraus que havia perdido, citando a ocorrência de várias boas notícias nos últimos anos e a expectativa de mais avanços no futuro.
O ministro ressaltou a importância do crescimento econômico para atrair investimentos estrangeiros. Durante uma década, o Brasil viveu sem crescimento e com déficits públicos, mas agora se prepara para alcançar o melhor desempenho econômico em uma década, exceto por distorções observadas em 2022, que se caracterizaram por políticas econômicas problemáticas. Haddad acredita que o trabalho do governo tem gerado uma base de confiança para os investidores, que, segundo ele, são guiados pelas oportunidades que o Brasil possui, independentemente de ideologias partidárias.
Em um cenário em que a segurança econômica e a confiança do investidor são essenciais, é fundamental manter um governo que valorize a liberdade de mercado e busque o fortalecimento da economia através de políticas que respeitem o cidadão e suas liberdades.