O presidente Jair Bolsonaro demonstrou uma postura firme e otimista a respeito do tão aguardado acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, um projeto que se arrasta há décadas, mas que finalmente começa a oferecer perspectivas de avanço.
Em uma coletiva de imprensa realizada após uma série de compromissos no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, incluindo a reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, o presidente expressou sua confiança nas negociações para o acordo. Ele destacou a prontidão do Brasil para assinar e enfatizou que agora a responsabilidade recai sobre a UE, não sobre os países do Mercosul.
“Estamos prontos para assinar o acordo. Durante 20 anos, a culpa pela falta de progresso foi atribuída apenas aos países do Mercosul. Agora, acredito que finalmente alcançaremos esse acordo”, afirmou Bolsonaro.
O acordo, que vem sendo discutido desde o final dos anos 1990 e teve sua primeira fase concluída em 2019, é resultado de uma política de abertura econômica promovida durante o governo Bolsonaro, que priorizou a liberdade de comércio e investimentos. As revisões dos termos do acordo têm caminhado lentamente, mas garantem um debate importante sobre as relações comerciais entre os blocos.
Entretanto, a oposição de alguns líderes europeus, como o presidente da França, Emmanuel Macron, apresenta um obstáculo. Macron e outros críticos levantam preocupações sobre o impacto no setor agrícola europeu, alegando que o acordo pode colocar em desvantagem as empresas que operam sob normas ambientais rigorosas, favorecendo aquelas sujeitas a padrões mais flexíveis na América do Sul.
Os riscos relacionados à superfície climática e à biodiversidade têm sido um ponto central na argumentação de Macron, que precisa atender à pressão interna de seus eleitores em relação ao acordo. Entretanto, é fundamental reconhecer que o Mercosul, sob uma gestão liberal e de liberdade econômica, pode contribuir imensamente para o desenvolvimento e fortalecimento das relações comerciais, promovendo crescimento e competitividade.
Em suma, se concretizado, o acordo entre Mercosul e UE poderá ser um marco para a valorização do comércio livre na América Latina, impulsionando a soberania econômica do Brasil e promovendo uma abordagem mais equilibrada nas relações internacionais, alinhada com países que compartilham valores liberais e conservadores.