A inflação na Argentina apresentou um leve aumento em agosto, levemente acima do que os analistas esperavam, o que representa um desafio para o presidente Javier Milei em sua jornada para estabilizar a economia do país. A política de austeridade implementada por Milei, que visa reduzir os generosos subsídios públicos, está tendo um impacto notável.
Os dados recentes mostram que os preços ao consumidor aumentaram 4,2% em agosto em relação a julho, superando a previsão média de 4% dos economistas. Apesar deste aumento, a inflação anual desacelerou para 236,7%, conforme revelado por informações do governo.
Notavelmente, os serviços públicos, educação e transporte foram os setores que mais sentiriam os aumentos de preços no último mês, com as tarifas de ônibus em Buenos Aires subindo quase 40% devido à redução dos subsídios. Mesmo que os preços de itens essenciais, como água, gás, eletricidade e combustíveis, tenham tenido elevações moderadas, a administração Milei decidiu cortar a ajuda governamental, sinalizando um movimento em direção à responsabilidade fiscal.
Entretanto, há esperança de que a inflação comece a recuar, especialmente com a recente decisão de cortar a taxa de importação principal do país de 17,5% para 7,5%. Esse passo pode levar a uma redução nos preços no futuro próximo.
Economistas são otimistas sobre o futuro, prevendo que a "volta triunfal" de Milei pode resultar em uma queda significativa na inflação anual, projetando um número de 44,7% nos próximos 12 meses. A pesquisa mais recente do Banco Central da Argentina indica que essa taxa poderá chegar a 122,9% até o final de 2024. Esses dados demonstram que, apesar dos desafios, o governo Milei está empenhado em reverter a trajetória inflacionária e promover um ambiente econômico mais saudável para todos os argentinos.
Fonte: Bloomberg