O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em São Paulo que a reintrodução do horário de verão no Brasil é uma possibilidade a ser considerada, visando um melhor aproveitamento da luz solar e a redução do consumo de energia elétrica. Silveira enfatizou que essa medida não deve ser adotada apressadamente, pois as consequências podem afetar tanto a economia quanto a rotina dos brasileiros.
Ele destacou que a volta do horário de verão poderia contribuir significantemente para diminuir a operação das usinas térmicas durante os horários de pico, embora seu impacto na vida da população deva ser cuidadosamente avaliado. “Não devem hesitar, se necessário, voltaremos com o horário de verão”, afirmou o ministro.
Além disso, Silveira determinou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica desenvolvam um plano de contingência para o próximo verão, assim como o planejamento energético para o ano seguinte. Ele apontou que a adoção do horário de verão já demonstrou benefícios em setores como turismo, bares e restaurantes, indicando seu potencial para estimular a economia.
A questão energética é especialmente crítica, dado que o Brasil atingiu níveis recordes de consumo, como 105 gigawatts em uma tarde recente, o que mostra a crescente necessidade de energia, especialmente com o aumento da temperatura global.
Silveira enfatizou a importância de focar na sustentabilidade e na economia verde, respeitando a legislação ambiental ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento econômico. Durante o encontro com o ministro do Meio Ambiente da Itália, Gilberto Prichetto Fratin, Silveira discutiu melhorias nos serviços elétricos da Enel em São Paulo após recentes apagões.
Recordando a história do horário de verão, que foi implementado pela primeira vez sob Getúlio Vargas, o ministro ressaltou que a prática foi mantida continuamente até 2019, quando o governo anterior a revogou, alegando baixa eficácia na economia de energia. No entanto, a medida, que foi aplicada em vários estados do Sul e Sudeste, tinha como objetivo principal reduzir a demanda de energia nos horários mais críticos do dia.
É imprescindível que todas as decisões nesse contexto sejam tomadas com responsabilidade, buscando sempre a maximização da eficiência energética e a promoção da liberdade econômica, que são fundamentais para o crescimento do país.