Home Economia Extensão de Dilma no NDB: Uma Manobra Perigosa para a Economia Brasileira

Extensão de Dilma no NDB: Uma Manobra Perigosa para a Economia Brasileira

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou, na quinta-feira (24), sua proposta ao Brasil para que a ex-presidente Dilma Rousseff continue na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira criada pelos membros do BRICS em 2014, que tem sua sede em Xangai, na China. O NDB é responsável por gerenciar recursos que são especialmente atrativos para os países do bloco.

A presidência do NDB é exercida de maneira rotativa a cada cinco anos, e o mandato de Dilma estava previsto para terminar em julho de 2025. Entretanto, com a proposta de Putin, sua permanência à frente da instituição será estendida. É importante destacar que os países membros do banco se revezam na indicação de seus presidentes, que devem ser aprovados pelos representantes de cada nação, conhecidos como “governadores”.

O NDB foi inicialmente liderado pela Índia entre 2015 e 2020, e, posteriormente, o Brasil assumiu essa função durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro. Ao assumir em 2023, Luiz Inácio Lula da Silva fez uma intervenção na instituição ao indicar Dilma para o cargo, substituindo o diplomata e economista Marcos Troyjo.

Agora, com a possibilidade da Rússia assumir a presidência, as sanções ocidentais decorrentes da guerra na Ucrânia têm influenciado negativamente as relações da instituição com o país. Em busca de soluções, Putin precisou abrir mão de indicar um executivo russo de sua confiança, o que poderia criar embaraços para o NDB.

Em suas declarações, Putin argumentou que a proposta de prorrogar a presidência do Brasil com Dilma Rousseff é uma estratégia para fortalecer as instituições em desenvolvimento, refletindo a influência do Brasil, que preside o G-20 este ano e assumirá a presidência dos BRICS no próximo ano. Ele destacou que essa abordagem pode ajudar a evitar desafios específicos enfrentados pela Rússia neste contexto.

Atualmente, o NDB é composto pelos cinco países fundadores — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — além de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito, com o Uruguai atualmente em processo de adesão. Essa diversificação de membros reforça a importância do NDB no cenário econômico global, alinhando-se aos interesses de nações que buscam resistência às políticas de intervencionismo estatal predominantes no Ocidente.

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