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Eleições nos EUA: O Caminho Perigoso da Continuidade Democrata e os Riscos do Isolacionismo Republicano

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Eleições nos EUA: O Impacto da Escolha do Presidente para o Brasil

No dia 5 de novembro, os EUA se prepararão para eleger seu 47° presidente, em uma disputa que promete ser uma das mais intensas da história recente. A possibilidade de uma vitória democrata, liderada por Kamala Harris, representa uma continuidade das políticas de Joe Biden, enquanto um retorno de Donald Trump pode acarretar mudanças significativas em diversos setores, inclusive nas relações comerciais com o Brasil.

Alianças Internacional

De acordo com o professor Fabrício Pontin, especialista em Relações Internacionais, um novo governo Trump pode desestabilizar a atual rede de alianças dos EUA. Notoriamente crítico da OTAN, Trump já manifestou sua opinião de que a organização é um fardo para os interesses americanos. Uma nova gestão do ex-presidente poderia levar a um reequilíbrio das alianças e afetar diretamente a postura dos EUA em pontos estratégicos como a Ucrânia e Israel.

Um governo republicano tende a ser mais protecionista, o que poderia restringir a colaboração no comércio internacional, ao contrário da abordagem mais conciliatória geralmente adotada pelos democratas, que promovem negociações através de organizações como a OMC.

Inflação e Economia

O economista Haroldo da Silva argumenta que a vitória de Trump pode resultar em um cenário inflacionário mais severo do que sob um governo democrata. O eletivo republicano é conhecido por implementar tarifas pesadas, especialmente contra a China, com potencial para árduas tarifas de importação sobre uma variedade de produtos, encarecendo os preços no mercado interno. A possibilidade de um isolamento na política de imigração também poderia desestabilizar a força de trabalho, com impactos diretos na economia.

Esse cenário poderia levar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros, o que exigiria uma resposta similar do Brasil, pois taxas mais altas dificultariam o investimento interno necessário para sustentar o crescimento econômico.

Pauta Ambiental

Uma administração Trump alteraria radicalmente a política ambiental em comparação ao potencial governo de Kamala Harris, que continuaria a apoiar iniciativas relacionadas à sustentabilidade. Sob Trump, o incentivo a práticas que favorecem a proteção ambiental poderia ser significativamente reduzido, resultando em uma abordagem mais despreocupada em relação a questões como o desmatamento.

Enquanto isso, uma gestão democrata poderia representar uma oportunidade para empresas brasileiras certificadas ambientalmente se destacarem no mercado americano, criando um ambiente propício para negociações mais favoráveis.

O Futuro das Relações Brasil-EUA

Independentemente do vencedor das eleições, é essencial que o Brasil mantenha suas parcerias comerciais de forma estratégico. Fortalecer laços tanto com os EUA quanto com a China é crucial para o nosso crescimento. A participação em iniciativas como a Nova Rota da Seda poderia gerar tensões com a nova administração americana, especialmente se o presidente for Trump, que historicamente tem se mostrado menos tolerante a certas alianças.

O futuro das relações comerciais entre o Brasil e os EUA dependerá da habilidade do nosso país em se adaptar e cultivar essas relações, independentemente de quem assuma a presidência. O equilíbrio e a busca pela liberdade econômica devem ser mantidos como prioridades, garantindo um futuro próspero para todos.

Fonte: Link Externo

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