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Economia Americana em Alta: A Ilusão dos Cortes de Juros Exagerados

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Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do planeta, destacou que o mercado está adotando uma postura excessivamente otimista ao prever cortes substanciais nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Ele afirma que essa expectativa não se concretizará, uma vez que a economia americana continua a se expandir de forma robusta.

Em uma entrevista à Bloomberg, durante a conferência Berlin Global Dialogue 2024, Fink afirmou: "Não vejo nenhum sinal de desaceleração". Ele criticou a quantidade de afrouxamento monetário prevista, considerándolo "uma loucura". Enquanto reconhece que pode haver espaço para um certo grau de flexibilização, ele argumenta que a magnitude sugerida pelo mercado é exagerada.

As projeções atuais do mercado indicam uma de cada três chances de o Fed implementar um corte de meio ponto percentual em novembro, e estima um total de cerca de 190 pontos-base de flexibilização até o final do próximo ano. No entanto, Fink adverte que essa possibilidade é improvável, já que as políticas governamentais são predominantemente inflacionárias neste momento, impactando mais negativamente do que positivamente a economia.

Recentemente, o Fed já havia realizado uma redução nas taxas de juros de meio ponto percentual, a primeira desde 2020, um movimento que gerou amplas discussões sobre como as autoridades irão manejar futuras flexibilizações. O presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou a necessidade de uma abordagem gradual, enfatizando que a economia dos EUA se mantém sólida e que há boas perspectivas para a inflação se estabilizar em torno da meta de 2%.

Fink também fez observações sobre a diversidade de desempenhos econômicos, afirmando que enquanto alguns segmentos enfrentam dificuldades, muitos outros estão prosperando. "Temos nos concentrado excessivamente nos setores em dificuldades", ele comentou.

Por outro lado, o CEO da BlackRock acredita que, apesar das avaliações de ativos e das tensões geopolíticas, o mercado não enfrenta riscos sistêmicos significativos e que os lucros corporativos continuarão a se mostrar resilientes. Ele observou: "Atualmente, devido à expansão dos mercados de capitais globais, o risco está mais disseminado do que nunca, de fato, estamos em uma posição com menos risco sistêmico do que em momentos anteriores".

A análise de Fink reforça uma visão otimista sobre a economia americana e destaca a importância de manter um foco nas realidades econômicas e não apenas na especulação do mercado.

Fonte: Bloomberg

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