O Índice de Confiança Empresarial (ICE) teve um leve aumento de 0,3 ponto em agosto, chegando a 97,9 pontos, seu maior patamar desde setembro de 2022, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 2 de setembro. Este crescimento é um sinal positivo, acumulando avanços de 4,3 pontos ao longo de seis meses consecutivos, o que demonstra um ambiente econômico mais saudável e estável.
Segundo Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), a melhora na confiança empresarial reflete um crescimento mais robusto dos setores cíclicos da economia em comparação ao ano anterior. Em especial, a Indústria de Transformação está mostrando claros sinais de recuperação, como baixos níveis de estoques e alta utilização da capacidade produtiva. Apesar disso, os empresários do Comércio ainda apresentam um nível de confiança relativamente baixo, e houve uma leve diminuição no Índice de Expectativas Empresarial.
O ICE, que considera dados das indústrias, serviços, comércio e construção, é calculado levando em conta a participação proporcional de cada setor na economia, utilizando informações extraídas de pesquisas do IBGE. Isso permite que o índice forneça uma avaliação mais precisa do ritmo econômico do país.
Em agosto, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,7 ponto, alcançando 98,7 pontos, o maior nível desde dezembro de 2013. Contudo, o Índice de Expectativas (IE-E) sofreu uma leve queda de 0,1 ponto, atingindo 97,1 pontos após cinco meses em alta.
Quanto à percepção dos empresários, houve um aumento de 0,4 ponto na avaliação da demanda atual, subindo para 98,9 pontos, o que indica uma visão mais otimista sobre o cenário imediato dos negócios. Por outro lado, a expectativa em relação à demanda nos próximos três meses e a tendência dos negócios para os próximos seis meses apresentou leve retração.
Na comparação de julho para agosto, a confiança dos serviços cresceu 0,4 ponto, enquanto a do comércio caiu 1,8 ponto. A confiança da indústria se manteve estável, refletindo uma situação complexa que merece atenção. Notavelmente, em agosto, a confiança aumentou em 47% dos 49 segmentos avaliados pelo ICE.
Esses dados foram coletados de 3.707 empresas entre os dias 1º e 26 de agosto, mostrando a relevância da participação do setor privado na análise econômica do Brasil. Com um cenário de segurança jurídica e liberdade econômica, é possível vislumbrar um futuro mais promissor e menos intervencionista, favorecendo o crescimento e a estabilidade do mercado nacional.
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