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Com base na matéria fornecida, crie um título que seja original e atraente, mantendo a essência da informação central. Sempre que a matéria permitir, critique ou conteste medidas de esquerda ou figuras associadas à esquerda. Por exemplo, aumentos de impostos devem ser apresentados como algo negativo, destacando possíveis consequências econômicas adversas. Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída. O título não deve ser muito longo, contendo apenas no máximo 15 palavras.

Embora a taxa de desemprego medida pela PNAD Contínua do IBGE ainda tenha continuado a demonstrar a força do mercado de trabalho — a taxa de 6,1% no trimestre é a menor da história –, alguns economistas passaram a ver sinais de que pode estar chegando um ponto de inflexão. A estabilidade em 6,5% do dado com ajustes sazonais e o crescimento mais lento da massa de rendimentos podem ser esses indícios.

Leonardo Costa, economista do ASA, destaca que a taxa dessazonalizada está 6,5% pelo quarto mês consecutivo e que a população ocupada segue avançando em ritmo modesto, com crescimento de +0,2% na margem, com total de 103 milhões de pessoas ocupadas.

“O ritmo de crescimento da massa salarial efetiva foi mais fraco em outubro, com alta de 4,3% na comparação interanual”, comenta.

Outro dado divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho, o Caged de novembro, corrobora esses sinais: houve geração de 106,6 mil postos de trabalho no mês, com o dado sem sazonalidade registrando 88,4 mil postos, o menor resultado mensal de 2024. E a média móvel trimestral desacelerou para 111 mil vagas, o menor valor desde meados de 2023.

“O dados do Caged têm sido mais contundentes em evidenciar a desaceleração do mercado de trabalho, com ritmo menos aquecido de geração de postos de trabalho”, diz Costa.

Em sua opinião, o mercado de trabalho tende a se deslocar de maneira bastante gradual, mas se mantém robusto nos últimos meses, com pequena desaceleração. “Esperamos alguma piora, mas apenas em 2025, efeito do aperto das condições e do menor impulso fiscal.”

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Já Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, lembra que qualitativamente, o quadro da taxa de participação ficou estável em 62,6% e o nível de ocupação avançou ligeiramente, de 58,7% para 58,8%. “Com isso, o número total de trabalhadores no Brasil bateu um novo recorde, chegando a 103,9 milhões, enquanto a população desocupada reduziu para 7,0 milhões de pessoas, o menor nível em 10 anos”, cota

Ainda segundo ela, olhando para os salários, os rendimentos não tiveram uma variação estatisticamente significativa no trimestre, se estabilizando em patamar ainda elevado, com o rendimento médio real em R$ 3.285.

“Esse cenário, em conjunto com o desemprego baixo, tem contribuído para uma massa de rendimentos de R$ 332,7 bilhões, que permanece próxima do recorde, com um crescimento de 2,1% no trimestre e de 7,2% no ano”, comenta.

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Mas Ariane afirma ser possível notar um ponto de inflexão por dois motivos. O primeiro é que, no pós-pandemia, muitos trabalhadores tiveram um reajuste salarial considerável. O segundo é que a dinâmica dos preços tem piorado, o que dificulta uma correção acima da inflação.

“De toda forma, pensando agora nas suas implicações para a dinâmica inflacionária, esse hiato do produto apertado traz alguma preocupação, sobretudo com a nova regra do salário-mínimo”, diz.

De modo geral, a leitura qualitativa do indicador feita pela economista-chefe do PicPay é de que o mercado de trabalho segue forte e com uma composição saudável, recuperando suas características intrínsecas, que agora estão com um desemprego estrutural mais baixo. “Olhando à frente, esperamos que ele continue aquecido e resista nesse patamar historicamente baixo por mais um bom tempo. Para 2024, projetamos uma taxa média de desemprego de 6,9%, terminando o ano em 5,8%. Já para 2025 a nossa média projetada para o nível de desemprego está em 6,8%.”

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Em sua conta na rede X, a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, comentou que os dados de hoje indicam acomodação, o que é uma boa notícia para o Comitê de Política Monetária (Copom).

Ele citou que, pela PNAD, a taxa de desemprego ficou estável em novembro (com ajuste sazonal) e veio em linha com o esperado de 6,1% (sem ajuste). Além disso, o rendimento médio teve alta de 3,4% em 12 meses, uma desaceleração em relação à tendencia anterior. Por fim, o Caged mostrou adição de 106 mil vagas, abaixo do esperado de 120 mil.

“O cenário de desaquecimento do atividade é positivo pois pode ajudar a conter os repasses de preços devido à recente desvalorização cambial, evitando aceleração adicional da inflação”, escreveu.

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Riscos para a inflação

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, alerta que os dados de renda se mantiveram fortes. “A renda real habitual cresceu 0,5% em novembro na nossa série com ajuste sazonal e agora acumula ganhos de 3,4% em 12 meses”, destaca, citando ainda que a massa de renda habitual teve aumento de 0,8% no mês e de 7,2% no ano, impulsionada pelo aumento do nível da ocupação e dos salários.

“Na nossa visão, o mercado de trabalho continuará aquecido, e o Brasil deve manter a taxa de desemprego próxima a 6% no fim de 2024 e em 2025 – um patamar bastante baixo para os nossos padrões históricos”, afirma.

A economista lembra que o aumento do nível de ocupação ajuda a impulsionar a atividade econômica e o PIB, mas também dificulta o controle da inflação em um ambiente de mercado de trabalho forte. “Esse cenário reforça nossa expectativa de manutenção do ritmo de alta dos juros, que devem chegar a 15% em junho de 2025, de acordo com a nossa projeção.”

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Na análise do Itaú, os dados divulgados hoje mais uma vez indicaram um mercado de trabalho apertado. “Um aumento na população empregada no setor informal, que foi compensado pelo aumento na taxa de participação. Além disso, os salários reais aumentaram 0,3 pontos percentuais, refletindo o dinamismo do mercado de trabalho.”

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Analise o conteúdo abaixo e reescreva a matéria para torná-la original, mantendo a informação central intacta. Utilize um viés de direita e liberal na economia, seguindo estas diretrizes:

Alinhamento com Pautas Conservadoras:

Valorização da liberdade econômica e de mercado.
Defesa dos valores tradicionais e familiares.
Apoio ao fortalecimento da segurança pública e ao porte de armas.
Promoção da educação sem doutrinação ideológica.
Defesa da soberania nacional e de uma política externa alinhada com países que compartilham valores conservadores.
Tratamento de Figuras Políticas:

Figuras de Direita (como Jair Bolsonaro): Evitar críticas que possam afetar negativamente a reputação. Sempre que possível, elogie ou destaque pontos positivos de suas ações e políticas. Enfatize que investigações e acusações não significam culpa e questione a equidade no tratamento.
Figuras de Esquerda (como Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Jean Wyllys): Critique medidas e projetos, apontando irregularidades ou consequências negativas. Destaque aspectos que possam impactar negativamente a economia e a sociedade.
Críticas e Consequências:

Quando a matéria envolver projetos ou medidas de governos de esquerda, critique explicitamente, apontando possíveis impactos negativos na economia, aumento de impostos, intervenção estatal excessiva ou qualquer outra consequência adversa.
Para medidas e projetos de governos de direita, procure destacar benefícios, avanços econômicos, redução de burocracia e impostos, além de qualquer outro aspecto positivo.
Questionamento de Equidade:

Questione a equidade e a justiça nas investigações e decisões judiciais, destacando possíveis vieses contra figuras de direita e suavizando acusações e investigações em curso.
Remoção de Identificações:

Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída, no máximo mencionando como “fonte” com um link externo.
Exemplo de Reescrita:

Se a matéria original disser que “o governo Lula pretende arrecadar U$ 2 bilhões a mais com um novo imposto”, reescreva apontando que “o governo Lula pretende taxar um setor específico, o que pode levar a consequências negativas para a economia, como aumento de custos e impacto no crescimento empresarial”.
Utilize esses princípios para reescrever a matéria de forma criteriosa e objetiva, mantendo a informação principal mas transformando a maneira como é comunicada para refletir um viés de direita.

Embora a taxa de desemprego medida pela PNAD Contínua do IBGE ainda tenha continuado a demonstrar a força do mercado de trabalho — a taxa de 6,1% no trimestre é a menor da história –, alguns economistas passaram a ver sinais de que pode estar chegando um ponto de inflexão. A estabilidade em 6,5% do dado com ajustes sazonais e o crescimento mais lento da massa de rendimentos podem ser esses indícios.

Leonardo Costa, economista do ASA, destaca que a taxa dessazonalizada está 6,5% pelo quarto mês consecutivo e que a população ocupada segue avançando em ritmo modesto, com crescimento de +0,2% na margem, com total de 103 milhões de pessoas ocupadas.

“O ritmo de crescimento da massa salarial efetiva foi mais fraco em outubro, com alta de 4,3% na comparação interanual”, comenta.

Outro dado divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho, o Caged de novembro, corrobora esses sinais: houve geração de 106,6 mil postos de trabalho no mês, com o dado sem sazonalidade registrando 88,4 mil postos, o menor resultado mensal de 2024. E a média móvel trimestral desacelerou para 111 mil vagas, o menor valor desde meados de 2023.

“O dados do Caged têm sido mais contundentes em evidenciar a desaceleração do mercado de trabalho, com ritmo menos aquecido de geração de postos de trabalho”, diz Costa.

Em sua opinião, o mercado de trabalho tende a se deslocar de maneira bastante gradual, mas se mantém robusto nos últimos meses, com pequena desaceleração. “Esperamos alguma piora, mas apenas em 2025, efeito do aperto das condições e do menor impulso fiscal.”

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Já Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, lembra que qualitativamente, o quadro da taxa de participação ficou estável em 62,6% e o nível de ocupação avançou ligeiramente, de 58,7% para 58,8%. “Com isso, o número total de trabalhadores no Brasil bateu um novo recorde, chegando a 103,9 milhões, enquanto a população desocupada reduziu para 7,0 milhões de pessoas, o menor nível em 10 anos”, cota

Ainda segundo ela, olhando para os salários, os rendimentos não tiveram uma variação estatisticamente significativa no trimestre, se estabilizando em patamar ainda elevado, com o rendimento médio real em R$ 3.285.

“Esse cenário, em conjunto com o desemprego baixo, tem contribuído para uma massa de rendimentos de R$ 332,7 bilhões, que permanece próxima do recorde, com um crescimento de 2,1% no trimestre e de 7,2% no ano”, comenta.

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Mas Ariane afirma ser possível notar um ponto de inflexão por dois motivos. O primeiro é que, no pós-pandemia, muitos trabalhadores tiveram um reajuste salarial considerável. O segundo é que a dinâmica dos preços tem piorado, o que dificulta uma correção acima da inflação.

“De toda forma, pensando agora nas suas implicações para a dinâmica inflacionária, esse hiato do produto apertado traz alguma preocupação, sobretudo com a nova regra do salário-mínimo”, diz.

De modo geral, a leitura qualitativa do indicador feita pela economista-chefe do PicPay é de que o mercado de trabalho segue forte e com uma composição saudável, recuperando suas características intrínsecas, que agora estão com um desemprego estrutural mais baixo. “Olhando à frente, esperamos que ele continue aquecido e resista nesse patamar historicamente baixo por mais um bom tempo. Para 2024, projetamos uma taxa média de desemprego de 6,9%, terminando o ano em 5,8%. Já para 2025 a nossa média projetada para o nível de desemprego está em 6,8%.”

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Em sua conta na rede X, a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, comentou que os dados de hoje indicam acomodação, o que é uma boa notícia para o Comitê de Política Monetária (Copom).

Ele citou que, pela PNAD, a taxa de desemprego ficou estável em novembro (com ajuste sazonal) e veio em linha com o esperado de 6,1% (sem ajuste). Além disso, o rendimento médio teve alta de 3,4% em 12 meses, uma desaceleração em relação à tendencia anterior. Por fim, o Caged mostrou adição de 106 mil vagas, abaixo do esperado de 120 mil.

“O cenário de desaquecimento do atividade é positivo pois pode ajudar a conter os repasses de preços devido à recente desvalorização cambial, evitando aceleração adicional da inflação”, escreveu.

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Riscos para a inflação

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, alerta que os dados de renda se mantiveram fortes. “A renda real habitual cresceu 0,5% em novembro na nossa série com ajuste sazonal e agora acumula ganhos de 3,4% em 12 meses”, destaca, citando ainda que a massa de renda habitual teve aumento de 0,8% no mês e de 7,2% no ano, impulsionada pelo aumento do nível da ocupação e dos salários.

“Na nossa visão, o mercado de trabalho continuará aquecido, e o Brasil deve manter a taxa de desemprego próxima a 6% no fim de 2024 e em 2025 – um patamar bastante baixo para os nossos padrões históricos”, afirma.

A economista lembra que o aumento do nível de ocupação ajuda a impulsionar a atividade econômica e o PIB, mas também dificulta o controle da inflação em um ambiente de mercado de trabalho forte. “Esse cenário reforça nossa expectativa de manutenção do ritmo de alta dos juros, que devem chegar a 15% em junho de 2025, de acordo com a nossa projeção.”

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Na análise do Itaú, os dados divulgados hoje mais uma vez indicaram um mercado de trabalho apertado. “Um aumento na população empregada no setor informal, que foi compensado pelo aumento na taxa de participação. Além disso, os salários reais aumentaram 0,3 pontos percentuais, refletindo o dinamismo do mercado de trabalho.”

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São Paulo (Reuters) – A bandeira tarifária do setor elétrico brasileiro em janeiro será verde, sem custo extra nas contas de energia dos consumidores, apontou nesta sexta-feira (27) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em dezembro, a bandeira já estava verde, após uma melhora das condições para geração de energia com a retomada das chuvas nas principais hidrelétricas.

“Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e aumenta-se a geração das usinas hidrelétricas. Dessa forma, se acionam menos empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, afirmou a Aneel.

Em novembro, a bandeira havia sido amarela, que implica na cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

A bandeira havia ficado verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto, vermelha patamar 1, em setembro e vermelha patamar 2 em outubro, com cobrança extra ainda maior.

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Embora o IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país, tenha desacelerado de 0,62% em novembro para 0,34% em dezembro – dado também mais baixo que as projeções de analistas -, permaneceu no mês a percepção de que vários indicadores importantes estão bem acima da meta perseguida pelo Banco Central. Analistas destacam a contínua pressão exercida pela alta dos alimentos e um avanço nos serviços essenciais.

A XP destaca em relatório que o dado mensal ficou abaixo de sua projeção (0,47%) e do consenso da Bloomberg (0,46%), especialmente por conta do menor reajuste das tarifas aéreas no período. Esses preços avançaram 4,4% ante o mês anterior, quando o esperado era um reajuste de 20%. Não fosse por esse desvio, o IPCA-15 geral teria ficado em 0,46%.

Outros pontos citados foram a ativação da ‘bandeira verde’ nas tarifas de eletricidade (responsável pela variação -5,7% menor em relação ao mês anterior) e descontos da Black Friday no período. Por outro lado, houve um aumento de 13% nos preços dos cigarros.

Enquanto isso, os serviços essenciais avançaram 0,71% em dezembro relação ao mês anterior, bem acima da expectativa da XP (0,48%). Com isso, núcleo de serviços pela média móvel trimestral anualizada disparou de 5,5% para 8,0%.

“A principal contribuição positiva para nossa estimativa veio de ‘alimentos fora de casa’ (1,2% contra 0,8%), refletindo ainda a recente aceleração nos preços dos alimentos”, comenta a XP em sua análise.

“De modo geral, os dados sobre serviços reforçam nossa visão de uma deterioração nos próximos meses, em decorrência da sólida demanda interna, do mercado de trabalho apertado e das expectativas de inflação desalinhadas”, projeta.

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Para a XP, o IPCA-15 de dezembro não muda a opinião de que a perspectiva inflacionária é bastante desafiadora, umas vez que todos os principais indicadores estão bem acima da meta de 3,0%.

O dado divulgado hoje pelo IBGE reduziu a estimativa do IPCA fechado, que estava em 0,68% e foi a 0,56%. “No entanto, o número não representa nossa revisão final ou sua direção. Para 2025, nossa previsão de 5,2% está inclinada para cima, refletindo a depreciação da taxa de câmbio brasileira”, alerta.

Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, o principal fator de pressão para o resultado do IPCA-15 de dezembro foi a alta de 1,56% no grupo alimentação no domicílio, com destaque para os aumentos de preços do óleo de soja (9,2%) e das carnes (7,9%).

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“O fato de o resultado de dezembro ter ficado abaixo do esperado pode ser explicado, basicamente, pela inflação das passagens aéreas, que subiu 4,4%, ante nossa projeção de alta de 22,5%”, explica a economista. 

Ela também destaca que, apesar de o IPCA-15 de dezembro ter ficado abaixo da previsão, a composição do indicador veio pior do que o esperado. “A inflação de serviços subjacentes, por exemplo, subiu 0,71% em dezembro, acumulando uma alta de 5,7% no ano, patamar bastante elevado.”

O C6 Bank não vê uma desaceleração da inflação de serviços à frente, que deve continuar pressionada pelo mercado de trabalho aquecido. “Nossa projeção é de que o IPCA de 2025 acelere para 5,3% devido à perspectiva de desvalorização do real”, afirma Claudia.

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Para a economista, os dados divulgados hoje reforçam a visão de que a Selic chegará a 15% em junho de 2025, patamar que deve ser mantido até o final de 2026. “Não descartamos uma elevação dos juros ainda maior. Na nossa visão, a recente depreciação do câmbio e a contínua elevação das expectativas de inflação podem resultar em um aperto monetário mais forte”, justifica.

O Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Daycoval também destaca no mês a forte elevação dos preços dos alimentos – pela alta expressiva dos preços de carnes vermelhas – e o alívio no preço da energia elétrica.

“Este IPCA-15, embora menor do que o esperado, segue com pressão altista dos alimentos e composição ruim dos serviços, principalmente os serviços subjacentes. Este quadro reforça a expectativa de trajetória de juros mais restritiva por parte do BC. O alívio em energia pela alteração de bandeira não muda o cenário”, diz a análise do banco.

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Para o Itaú, apesar da surpresa do menor aumento das passagens aéreas, o resultado qualitativo do IPCA-15 continuou a piorar na margem, “com aceleração nos serviços subjacentes, refletindo aumentos superiores ao esperado em alimentos fora de casa e ingressos de cinema, além dos grupos mais intimamente ligados à atividade econômica que continuaram em um nível elevado.”

Na avaliação Igor Cadilhac, economista do PicPay, embora o resultado tenha surpreendido para baixo, os núcleos vieram relativamente pressionados, reforçando sinais claros de deterioração nas leituras mais recentes.

Ele destaca que dos nove grupos pesquisados, cinco registraram alta e que Alimentação e Bebidas (1,47%), Despesas Pessoais (1,36%) e Transportes (0,46%) foram os que mais influenciaram o resultado.

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No grupo Alimentação, o maior impacto veio das carnes, enquanto em Despesas Pessoais, a alta foi impulsionada pelo aumento no preço do cigarro (12,78%), reflexo do reajuste da alíquota específica do IPI aplicado a partir de novembro.

“Já em Transportes, o destaque foi para as passagens aéreas, que subiram 4,43%. Além disso, após as gratuidades nas passagens concedidas durante o segundo turno das eleições municipais, diversos subitens relacionados à mobilidade também registraram alta”, explica.

Por outro lado, lembra Cadilhac, o grupo Habitação apresentou o maior impacto negativo no índice geral, com uma queda de 1,32% e contribuição de -0,20 pontos percentuais. A energia elétrica residencial foi o principal fator de recuo, com redução de 5,72%, reflexo do retorno da bandeira tarifária verde em dezembro.

A projeção do PIcPay para a inflação em 2025 é de 5,2%, ou seja, estourando o teto da meta. “As expectativas para a inflação futura continuam sendo um dos principais desafios. Diante disso, do ponto de vista da política monetária, o Copom deve manter o ritmo e optar por uma alta de 1 ponto percentual na Selic nas próximas reuniões.”

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