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Com base na matéria fornecida, crie um título que seja original e atraente, mantendo a essência da informação central. Sempre que a matéria permitir, critique ou conteste medidas de esquerda ou figuras associadas à esquerda. Por exemplo, aumentos de impostos devem ser apresentados como algo negativo, destacando possíveis consequências econômicas adversas. Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída. O título não deve ser muito longo, contendo apenas no máximo 15 palavras.

As principais economias da América Latina vão entrar 2025 com maiores incertezas do que na virada de 2024. Pesam sobre esses países fatores externos, como o lento processo de desinflação nos países desenvolvidos — e a consequente redução da velocidade na queda das taxas de juros–, e internos, em especial a deterioração das contas públicas, em meio a políticas fiscais expansionistas.

O diagnóstico está no estudo “Como andam nossos vizinhos – Virada de ano, virada de foco: de inflação para fiscal”, elaborado pela área de Macro Research da XP.

Crescimento modesto e desinflação lenta

Segundo o estudo, na América Latina, o crescimento econômico tem sido modesto, com desempenhos divergentes entre os países. A economia da região deve crescer cerca de 2,0% em 2024, um nível que, embora não seja fraco, fica aquém do observado em outras economias emergentes no mundo.

A XP destaca que esse crescimento modesto pode ser explicado em parte por desafios estruturais de longo prazo, como baixa produtividade e altos níveis de pobreza, além de políticas monetárias restritivas mantidas pelos bancos centrais para conter as expectativas de inflação e evitar a depreciação cambial.

Para 2025, a XP espera que o PIB da região cresça cerca de 2% novamente, com composições de crescimento heterogêneas. Brasil e México, as duas maiores economias da região, devem desacelerar mais devido à necessidade de políticas monetárias restritivas contínuas e devido à baixa ociosidade da economia.

“Por outro lado, a Argentina deve liderar o crescimento, recuperando-se de dois anos consecutivos de recessão. O crescimento no Chile, Colômbia e Peru deve ser modesto”, estima.

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O relatório lembra que a inflação na América Latina caiu consideravelmente, embora o processo de desinflação ainda não esteja completo.

“A melhora pode ser atribuída, principalmente, à resposta das economias à política monetária restritiva, bem como à normalização da economia após os choques relacionados à pandemia. No entanto, uma tendência comum entre os países é a divergência entre a inflação de bens (mais baixa) e a de serviços (mais alta). Além disso, questões específicas de cada país mantêm a inflação acima das metas dos bancos centrais.”

O relatório cita a expectativa mais baixa de crescimento da China nos próximos anos – abaixo de 5% anuais – como outro fator para incrementar as incertezas na região.

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Da inflação para o fiscal

O relatório afirma que o foco dos riscos para as economias latino-americanas muda para 2025: de inflação para as preocupações fiscais. A explicação é que um ponto comum entre os países da região é o aumento dos desafios fiscais.

“A relação dívida/PIB permanece bem acima dos níveis pré-pandemia e deve continuar aumentando nos próximos anos, já que muitos países enfrentam dificuldades para alcançar uma consolidação fiscal efetiva. Os níveis de dívida pública variam – de entre de 40% do PIB a mais de 100% – mas, na maioria dos países, houve deterioração na margem”, destaca o texto.

O texto destaca que os principais países da região – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru – têm enfrentado debates intensos sobre a dinâmica fiscal e o cumprimento das regras fiscais. E afirma que a maioria dos governos tem sido lento em implementar as reformas estruturais necessárias.

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“O Brasil e a Colômbia são exemplos claros devido à dificuldade em atingir suas metas fiscais e preocupações crescentes com a sustentabilidade da dívida no médio prazo, resultando em uma depreciação expressiva do câmbio”, afirma o estudo da XP.

Além disso, é citado que os governos enfrentam pressões por mais gastos, tanto para lidar com as demandas relacionadas a questões demográficas como o envelhecimento populacional, quanto para a transição para uma economia mais verde.

Veja abaixo um resumo das projeções e tendências da XP para cada país:

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Brasil

O estudo da XP comenta que, no Brasil, a inflação permanece elevada, devido aos efeitos da depreciação cambial, aumento inesperado dos preços de proteínas, e pressões do lado da demanda em meio ao mercado de trabalho apertado e atividade econômica resiliente.

Assim, o ciclo atual de aperto monetário pelo Banco Central do Brasil é justificado, segundo o relatório, pelo forte crescimento do PIB, mercado de trabalho aquecido, depreciação cambial expressiva, e expectativas de inflação desancoradas.

“O consumo das famílias permanece forte, impulsionado por estímulos fiscais, expansão do crédito e um mercado de trabalho robusto. A desinflação atual tem sido motivada por efeitos secundários da desinflação de bens, embora o crescimento salarial elevado e o hiato do produto positivo (crescimento acima do potencial) representem desafios”, explica o texto.

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Para a XP, essas condições provavelmente farão com que a inflação permaneça acima do limite superior da meta (4,5%) no próximo ano.

Segundo o relatório, políticas fiscais e monetárias coordenadas seriam essenciais para atingir a meta de inflação e restaurar a confiança dos investidores, mas ainda há incertezas sobre a magnitude dos ajustes fiscais e quase-fiscais que serão implementados.

“Nesse contexto, o BC adota uma postura cada vez mais dura, com a reunião de dezembro marcando uma postura muito dura na intenção de manter a política materialmente restritiva. Projetamos mais 2,75 p.p. de aumento no ciclo atual, com uma taxa terminal da Selic de, pelo menos, 15,00%”, prevê a XP.

O relatório comenta ainda que a taxa real de juros deve alcançar em torno de 10%, consideravelmente acima de qualquer estimativa da taxa neutra — que gira entre 5,0% e 6,0% –, o que permitiria ao Copom reduzir o nível de restrição da política monetária a partir de novembro de 2025.

“Projetamos que a Selic encerre 2026 em 11,25%. Isso estaria um pouco acima do juro neutro, a nosso ver, algo importante para consolidar o IPCA aquém do limite superior do intervalo em torno da meta a partir de 2027.”

México

No México, a inflação permanece acima da meta, em grande parte devido à forte contribuição dos preços de frutas e vegetais, agravada por condições climáticas adversas. Enquanto isso, o repasse da desvalorização cambial não tem sido claro, e o núcleo da inflação permanece relativamente próximo da meta.

A XP destaca no estudo que a economia mexicana enfrenta vários desafios, muitos dos quais são auto infligidos, e o cenário parece binário. “Ou o governo continua com uma agenda radical, alienando os EUA e abandonando a prudência fiscal, ou adota um pragmatismo e resolve as questões fiscais no curto prazo, atendendo às demandas dos EUA de forma objetiva”, argumenta o texto.

Segundo o estudo, as chances de pragmatismo parecem razoáveis, mas ainda há muita incerteza, já que a administração continua avançando com uma agenda radical.

“Enquanto isso, a economia deve sofrer com a falta de confiança e o impacto fiscal negativo, mantendo o crescimento do PIB lento. Isso, no entanto, deve ajudar a inflação a diminuir nos próximos meses, atingindo mínima de 2,5% em meados do ano que vem, permitindo que o banco central ajuste o nível de restritividade de forma mais rápida nas próximas reuniões”, prevê.

O relatório conclui que, como o cenário continua complicado, a política monetária deve permanecer apertada. “Projetamos uma taxa terminal de 7,50%. O caminho para juros neutros dependerá da política fiscal e da resolução das negociações com os EUA”, afirma.

A conclusão é que a escolha pelo pragmatismo poderia melhorar as perspectivas, permitindo a apreciação da moeda e cortes adicionais nas taxas. “Mas ainda há muitas questões em aberto, e, por isso, permanecemos cautelosos.”

Chile

Na avaliação sobre o Chile, o estudo diz que o processo de desinflação no país tem sido mais convincente. No entanto, é feito o alerta que a inflação deve fechar o ano acima do limite superior do intervalo da meta, e deve permanecer elevada durante grande parte de 2025.

“Principalmente devido ao aumento nas tarifas de eletricidade, que atualmente contribui com cerca de 1 p.p. para a inflação anual, além de seus efeitos secundários em outros componentes”, explica.

A XP espera que o Banco Central do Chile (BCCh) realize cortes pontuais de 25 pontos-base no próximo ano, trazendo a política monetária para seu nível neutro até o terceiro trimestre de 2025. E estima uma taxa terminal de 4,50%.

O momento das pausas, segundo o texto, provavelmente será mais dependente de dados em comparação a este ano. “Por um lado, a inflação núcleo permanece relativamente benigna, embora o aumento nas tarifas de eletricidade mantenha a inflação geral elevada e possa eventualmente contaminar outros itens por meio de efeitos secundários”, afirma.

Por outro lado, o relatório diz que os indicadores de atividade econômica apontam para um enfraquecimento. Além disso, o governo chileno está prestes a não cumprir as metas de déficit fiscal efetivo e estrutural deste ano, e os desafios devem persistir no próximo ano.

“No entanto, a dinâmica das contas públicas no Chile tem impactado menos os ativos locais em comparação a outros pares regionais recentes. Ainda assim, é um risco que precisa ser monitorado. Assim, o BCCh provavelmente levará em conta todos esses fatores em suas próximas decisões, adotando uma postura cautelosa.”

Argentina

O estudo afirma que a Argentina é uma exceção notável à tendência observada na região, uma vez que o governo de Javier Milei tem implementado um ajuste fiscal mais rápido e profundo do que o esperado, alcançando um superávit fiscal até o momento.

“Apesar de desafios persistentes, os esforços para reequilibrar o balanço do banco central reduziram significativamente a inflação e reduziu a diferença entre o câmbio paralela e oficial”, diz o texto

A XP lembra que, no país, retornos de renda fixa e ações em dólares superaram a maioria dos mercados devido às avaliações inicialmente baratas, combinadas com a significativa melhora nas percepções fiscais, desbloqueando valor relevante.

“Com a maior demanda pela moeda local, o aumento das reservas brutas (perto de US$ 30 bilhões) e a redução da depreciação cambial, o governo pode considerar viável começar a liberar gradualmente os controles de capital até o final do ano ou início de 2025”, prevê o relatório.

“No entanto, alcançar a consolidação fiscal não será trivial, exigindo mais esforços além da atual administração de Milei”, pondera o texto.

Colômbia

Na Colômbia, o estudo destaca que as pressões inflacionárias persistentes decorrem principalmente da indexação à alta inflação passada e dos aumentos expressivos no salário-mínimo, afetando particularmente o componente de serviços.

O país se destaca como uma das economias com a política monetária mais restritiva da região, lembra o relatório. “A inflação está em tendência de queda, e esperamos que o processo de desinflação continue ao longo de 2025, à medida que a inércia inflacionária diminui gradualmente e efeitos de base estatísticas permitam uma redução na inflação acumulada em doze meses”, afirma o texto.

Também é citado o excesso de ociosidade econômica como um fator que deve contribuir para essa tendência. “No entanto, o efeito de repasse da recente desvalorização cambial deve elevar a inflação de bens, compensando parcialmente as quedas em outros componentes.”

A XP diz esperar mais um corte de 0,50 p.p. na taxa de juros beste mês, embora as condições financeiras — especialmente devido ao impacto no câmbio –, as discussões sobre o aumento do salário-mínimo e as crescentes preocupações fiscais, representem riscos.

“Em 2025, a política monetária provavelmente será ainda mais sensível às condições financeiras globais, e os riscos fiscais devem persistir, afetando o ciclo de flexibilização e a convergência da taxa de política monetária para seu nível neutro, estimado em 2,6%-2,7% em termos reais. “Prevemos que a taxa de juros de referência caia para 6,5% até o final de 2025.”

Peru

O relatório diz que a inflação permanece benigna no Peru, abaixo de 3%, e que as taxas de juros já caíram consideravelmente, embora a política monetária ainda seja marginalmente restritiva, e espera-se flexibilização adicional.

No entanto, é citado que o momento é incerto. “Apesar da inflação estar controlada, o Banco Central do Peru (BCRP) adotou um tom menos favorável à flexibilização, devido ao crescimento econômico mais forte e expansão crédito. Uma política fiscal frouxa é outro fator que limita uma flexibilização monetária adicional. Com a atividade econômica permanecendo robusta, não há pressa para cortar as taxas, e o ajuste gradual deve continuar em 2025, com os juros se estabilizando entre 4,00%-4,50%”, alerta o estudo

As exportações do país aumentaram significativamente, e a balança comercial anualizada dos últimos três meses atingiu cerca de 11% do PIB, impulsionada pelo aumento no volume de exportações em meio à entrada de operação de novas minas. Segundo o texto, isso contrasta com a narrativa de baixa demanda global por cobre ligada ao ciclo econômico da China.

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Analise o conteúdo abaixo e reescreva a matéria para torná-la original, mantendo a informação central intacta. Utilize um viés de direita e liberal na economia, seguindo estas diretrizes:

Alinhamento com Pautas Conservadoras:

Valorização da liberdade econômica e de mercado.
Defesa dos valores tradicionais e familiares.
Apoio ao fortalecimento da segurança pública e ao porte de armas.
Promoção da educação sem doutrinação ideológica.
Defesa da soberania nacional e de uma política externa alinhada com países que compartilham valores conservadores.
Tratamento de Figuras Políticas:

Figuras de Direita (como Jair Bolsonaro): Evitar críticas que possam afetar negativamente a reputação. Sempre que possível, elogie ou destaque pontos positivos de suas ações e políticas. Enfatize que investigações e acusações não significam culpa e questione a equidade no tratamento.
Figuras de Esquerda (como Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Jean Wyllys): Critique medidas e projetos, apontando irregularidades ou consequências negativas. Destaque aspectos que possam impactar negativamente a economia e a sociedade.
Críticas e Consequências:

Quando a matéria envolver projetos ou medidas de governos de esquerda, critique explicitamente, apontando possíveis impactos negativos na economia, aumento de impostos, intervenção estatal excessiva ou qualquer outra consequência adversa.
Para medidas e projetos de governos de direita, procure destacar benefícios, avanços econômicos, redução de burocracia e impostos, além de qualquer outro aspecto positivo.
Questionamento de Equidade:

Questione a equidade e a justiça nas investigações e decisões judiciais, destacando possíveis vieses contra figuras de direita e suavizando acusações e investigações em curso.
Remoção de Identificações:

Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída, no máximo mencionando como “fonte” com um link externo.
Exemplo de Reescrita:

Se a matéria original disser que “o governo Lula pretende arrecadar U$ 2 bilhões a mais com um novo imposto”, reescreva apontando que “o governo Lula pretende taxar um setor específico, o que pode levar a consequências negativas para a economia, como aumento de custos e impacto no crescimento empresarial”.
Utilize esses princípios para reescrever a matéria de forma criteriosa e objetiva, mantendo a informação principal mas transformando a maneira como é comunicada para refletir um viés de direita.

As principais economias da América Latina vão entrar 2025 com maiores incertezas do que na virada de 2024. Pesam sobre esses países fatores externos, como o lento processo de desinflação nos países desenvolvidos — e a consequente redução da velocidade na queda das taxas de juros–, e internos, em especial a deterioração das contas públicas, em meio a políticas fiscais expansionistas.

O diagnóstico está no estudo “Como andam nossos vizinhos – Virada de ano, virada de foco: de inflação para fiscal”, elaborado pela área de Macro Research da XP.

Crescimento modesto e desinflação lenta

Segundo o estudo, na América Latina, o crescimento econômico tem sido modesto, com desempenhos divergentes entre os países. A economia da região deve crescer cerca de 2,0% em 2024, um nível que, embora não seja fraco, fica aquém do observado em outras economias emergentes no mundo.

A XP destaca que esse crescimento modesto pode ser explicado em parte por desafios estruturais de longo prazo, como baixa produtividade e altos níveis de pobreza, além de políticas monetárias restritivas mantidas pelos bancos centrais para conter as expectativas de inflação e evitar a depreciação cambial.

Para 2025, a XP espera que o PIB da região cresça cerca de 2% novamente, com composições de crescimento heterogêneas. Brasil e México, as duas maiores economias da região, devem desacelerar mais devido à necessidade de políticas monetárias restritivas contínuas e devido à baixa ociosidade da economia.

“Por outro lado, a Argentina deve liderar o crescimento, recuperando-se de dois anos consecutivos de recessão. O crescimento no Chile, Colômbia e Peru deve ser modesto”, estima.

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O relatório lembra que a inflação na América Latina caiu consideravelmente, embora o processo de desinflação ainda não esteja completo.

“A melhora pode ser atribuída, principalmente, à resposta das economias à política monetária restritiva, bem como à normalização da economia após os choques relacionados à pandemia. No entanto, uma tendência comum entre os países é a divergência entre a inflação de bens (mais baixa) e a de serviços (mais alta). Além disso, questões específicas de cada país mantêm a inflação acima das metas dos bancos centrais.”

O relatório cita a expectativa mais baixa de crescimento da China nos próximos anos – abaixo de 5% anuais – como outro fator para incrementar as incertezas na região.

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Da inflação para o fiscal

O relatório afirma que o foco dos riscos para as economias latino-americanas muda para 2025: de inflação para as preocupações fiscais. A explicação é que um ponto comum entre os países da região é o aumento dos desafios fiscais.

“A relação dívida/PIB permanece bem acima dos níveis pré-pandemia e deve continuar aumentando nos próximos anos, já que muitos países enfrentam dificuldades para alcançar uma consolidação fiscal efetiva. Os níveis de dívida pública variam – de entre de 40% do PIB a mais de 100% – mas, na maioria dos países, houve deterioração na margem”, destaca o texto.

O texto destaca que os principais países da região – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru – têm enfrentado debates intensos sobre a dinâmica fiscal e o cumprimento das regras fiscais. E afirma que a maioria dos governos tem sido lento em implementar as reformas estruturais necessárias.

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“O Brasil e a Colômbia são exemplos claros devido à dificuldade em atingir suas metas fiscais e preocupações crescentes com a sustentabilidade da dívida no médio prazo, resultando em uma depreciação expressiva do câmbio”, afirma o estudo da XP.

Além disso, é citado que os governos enfrentam pressões por mais gastos, tanto para lidar com as demandas relacionadas a questões demográficas como o envelhecimento populacional, quanto para a transição para uma economia mais verde.

Veja abaixo um resumo das projeções e tendências da XP para cada país:

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Brasil

O estudo da XP comenta que, no Brasil, a inflação permanece elevada, devido aos efeitos da depreciação cambial, aumento inesperado dos preços de proteínas, e pressões do lado da demanda em meio ao mercado de trabalho apertado e atividade econômica resiliente.

Assim, o ciclo atual de aperto monetário pelo Banco Central do Brasil é justificado, segundo o relatório, pelo forte crescimento do PIB, mercado de trabalho aquecido, depreciação cambial expressiva, e expectativas de inflação desancoradas.

“O consumo das famílias permanece forte, impulsionado por estímulos fiscais, expansão do crédito e um mercado de trabalho robusto. A desinflação atual tem sido motivada por efeitos secundários da desinflação de bens, embora o crescimento salarial elevado e o hiato do produto positivo (crescimento acima do potencial) representem desafios”, explica o texto.

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Para a XP, essas condições provavelmente farão com que a inflação permaneça acima do limite superior da meta (4,5%) no próximo ano.

Segundo o relatório, políticas fiscais e monetárias coordenadas seriam essenciais para atingir a meta de inflação e restaurar a confiança dos investidores, mas ainda há incertezas sobre a magnitude dos ajustes fiscais e quase-fiscais que serão implementados.

“Nesse contexto, o BC adota uma postura cada vez mais dura, com a reunião de dezembro marcando uma postura muito dura na intenção de manter a política materialmente restritiva. Projetamos mais 2,75 p.p. de aumento no ciclo atual, com uma taxa terminal da Selic de, pelo menos, 15,00%”, prevê a XP.

O relatório comenta ainda que a taxa real de juros deve alcançar em torno de 10%, consideravelmente acima de qualquer estimativa da taxa neutra — que gira entre 5,0% e 6,0% –, o que permitiria ao Copom reduzir o nível de restrição da política monetária a partir de novembro de 2025.

“Projetamos que a Selic encerre 2026 em 11,25%. Isso estaria um pouco acima do juro neutro, a nosso ver, algo importante para consolidar o IPCA aquém do limite superior do intervalo em torno da meta a partir de 2027.”

México

No México, a inflação permanece acima da meta, em grande parte devido à forte contribuição dos preços de frutas e vegetais, agravada por condições climáticas adversas. Enquanto isso, o repasse da desvalorização cambial não tem sido claro, e o núcleo da inflação permanece relativamente próximo da meta.

A XP destaca no estudo que a economia mexicana enfrenta vários desafios, muitos dos quais são auto infligidos, e o cenário parece binário. “Ou o governo continua com uma agenda radical, alienando os EUA e abandonando a prudência fiscal, ou adota um pragmatismo e resolve as questões fiscais no curto prazo, atendendo às demandas dos EUA de forma objetiva”, argumenta o texto.

Segundo o estudo, as chances de pragmatismo parecem razoáveis, mas ainda há muita incerteza, já que a administração continua avançando com uma agenda radical.

“Enquanto isso, a economia deve sofrer com a falta de confiança e o impacto fiscal negativo, mantendo o crescimento do PIB lento. Isso, no entanto, deve ajudar a inflação a diminuir nos próximos meses, atingindo mínima de 2,5% em meados do ano que vem, permitindo que o banco central ajuste o nível de restritividade de forma mais rápida nas próximas reuniões”, prevê.

O relatório conclui que, como o cenário continua complicado, a política monetária deve permanecer apertada. “Projetamos uma taxa terminal de 7,50%. O caminho para juros neutros dependerá da política fiscal e da resolução das negociações com os EUA”, afirma.

A conclusão é que a escolha pelo pragmatismo poderia melhorar as perspectivas, permitindo a apreciação da moeda e cortes adicionais nas taxas. “Mas ainda há muitas questões em aberto, e, por isso, permanecemos cautelosos.”

Chile

Na avaliação sobre o Chile, o estudo diz que o processo de desinflação no país tem sido mais convincente. No entanto, é feito o alerta que a inflação deve fechar o ano acima do limite superior do intervalo da meta, e deve permanecer elevada durante grande parte de 2025.

“Principalmente devido ao aumento nas tarifas de eletricidade, que atualmente contribui com cerca de 1 p.p. para a inflação anual, além de seus efeitos secundários em outros componentes”, explica.

A XP espera que o Banco Central do Chile (BCCh) realize cortes pontuais de 25 pontos-base no próximo ano, trazendo a política monetária para seu nível neutro até o terceiro trimestre de 2025. E estima uma taxa terminal de 4,50%.

O momento das pausas, segundo o texto, provavelmente será mais dependente de dados em comparação a este ano. “Por um lado, a inflação núcleo permanece relativamente benigna, embora o aumento nas tarifas de eletricidade mantenha a inflação geral elevada e possa eventualmente contaminar outros itens por meio de efeitos secundários”, afirma.

Por outro lado, o relatório diz que os indicadores de atividade econômica apontam para um enfraquecimento. Além disso, o governo chileno está prestes a não cumprir as metas de déficit fiscal efetivo e estrutural deste ano, e os desafios devem persistir no próximo ano.

“No entanto, a dinâmica das contas públicas no Chile tem impactado menos os ativos locais em comparação a outros pares regionais recentes. Ainda assim, é um risco que precisa ser monitorado. Assim, o BCCh provavelmente levará em conta todos esses fatores em suas próximas decisões, adotando uma postura cautelosa.”

Argentina

O estudo afirma que a Argentina é uma exceção notável à tendência observada na região, uma vez que o governo de Javier Milei tem implementado um ajuste fiscal mais rápido e profundo do que o esperado, alcançando um superávit fiscal até o momento.

“Apesar de desafios persistentes, os esforços para reequilibrar o balanço do banco central reduziram significativamente a inflação e reduziu a diferença entre o câmbio paralela e oficial”, diz o texto

A XP lembra que, no país, retornos de renda fixa e ações em dólares superaram a maioria dos mercados devido às avaliações inicialmente baratas, combinadas com a significativa melhora nas percepções fiscais, desbloqueando valor relevante.

“Com a maior demanda pela moeda local, o aumento das reservas brutas (perto de US$ 30 bilhões) e a redução da depreciação cambial, o governo pode considerar viável começar a liberar gradualmente os controles de capital até o final do ano ou início de 2025”, prevê o relatório.

“No entanto, alcançar a consolidação fiscal não será trivial, exigindo mais esforços além da atual administração de Milei”, pondera o texto.

Colômbia

Na Colômbia, o estudo destaca que as pressões inflacionárias persistentes decorrem principalmente da indexação à alta inflação passada e dos aumentos expressivos no salário-mínimo, afetando particularmente o componente de serviços.

O país se destaca como uma das economias com a política monetária mais restritiva da região, lembra o relatório. “A inflação está em tendência de queda, e esperamos que o processo de desinflação continue ao longo de 2025, à medida que a inércia inflacionária diminui gradualmente e efeitos de base estatísticas permitam uma redução na inflação acumulada em doze meses”, afirma o texto.

Também é citado o excesso de ociosidade econômica como um fator que deve contribuir para essa tendência. “No entanto, o efeito de repasse da recente desvalorização cambial deve elevar a inflação de bens, compensando parcialmente as quedas em outros componentes.”

A XP diz esperar mais um corte de 0,50 p.p. na taxa de juros beste mês, embora as condições financeiras — especialmente devido ao impacto no câmbio –, as discussões sobre o aumento do salário-mínimo e as crescentes preocupações fiscais, representem riscos.

“Em 2025, a política monetária provavelmente será ainda mais sensível às condições financeiras globais, e os riscos fiscais devem persistir, afetando o ciclo de flexibilização e a convergência da taxa de política monetária para seu nível neutro, estimado em 2,6%-2,7% em termos reais. “Prevemos que a taxa de juros de referência caia para 6,5% até o final de 2025.”

Peru

O relatório diz que a inflação permanece benigna no Peru, abaixo de 3%, e que as taxas de juros já caíram consideravelmente, embora a política monetária ainda seja marginalmente restritiva, e espera-se flexibilização adicional.

No entanto, é citado que o momento é incerto. “Apesar da inflação estar controlada, o Banco Central do Peru (BCRP) adotou um tom menos favorável à flexibilização, devido ao crescimento econômico mais forte e expansão crédito. Uma política fiscal frouxa é outro fator que limita uma flexibilização monetária adicional. Com a atividade econômica permanecendo robusta, não há pressa para cortar as taxas, e o ajuste gradual deve continuar em 2025, com os juros se estabilizando entre 4,00%-4,50%”, alerta o estudo

As exportações do país aumentaram significativamente, e a balança comercial anualizada dos últimos três meses atingiu cerca de 11% do PIB, impulsionada pelo aumento no volume de exportações em meio à entrada de operação de novas minas. Segundo o texto, isso contrasta com a narrativa de baixa demanda global por cobre ligada ao ciclo econômico da China.

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