A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a mudança da bandeira tarifária para a bandeira vermelha para o mês de setembro, substituindo a anterior bandeira verde. Essa alteração, atribuída ao risco hidrológico e aos custos de geração de energia, impõe uma cobrança adicional de aproximadamente 8% na conta de luz, o que representa um impacto significativo para os consumidores.
O economista Alexandre Maluf, da XP, destacou que a energia elétrica é um dos principais componentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com um peso de 4%. Ele enfatizou que o mercado esperava uma bandeira vermelha 1, que teria um impacto menor, de 5%.
Contudo, existem indícios de que os cálculos podem ser retificados, uma vez que novas informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica sugerem inconsistências no anúncio da bandeira vermelha 2. A expectativa é de que uma retificação seja feita ainda em setembro, o que poderia reduzir o impacto do aumento na inflação.
Maluf explicou que a diferença entre a bandeira vermelha 1 e a bandeira vermelha 2 implica em uma oscilação no IPCA, podendo variar de 0,42% para 0,56%, totalizando uma diferença de 0,14%. Essa variação é relevante e pode impactar as expectativas inflacionárias.
O economista observou que, apesar de possíveis pressões inflacionárias, especialmente nas áreas de serviços, a inflação ainda se encontra em um patamar relativamente controlado. Para o futuro, a expectativa da XP é de que o Brasil caminhe para uma bandeira amarela e, possivelmente, para a bandeira verde em 2025, após o período de chuvas.
Por fim, a XP projetou o IPCA em 4,4% para 2024 e 4% para 2025, ressaltando que as expectativas estão ancoradas em um cenário de atividade econômica sólida e controle da inflação nos setores industriais. É preciso estar atento às políticas econômicas adotadas, que impactam diretamente a vida do cidadão, especialmente em prol da liberdade econômica e do fortalecimento das estruturas familiares e de mercado.
