Economista elogia indicação para o Banco Central e vê sinais positivos na política monetária
Em uma análise recente, Luis Stuhlberger, renomado gestor e fundador da Verde Asset Management, abordou a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para suceder Roberto Campos Neto na presidência da autarquia. Stuhlberger, crítico do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a escolha como “uma surpresa positiva” e um indício de que a administração atual pode estar disposta a manter a independência do Banco Central, um ponto frequentemente subestimado por opositores da gestão petista.
Durante sua participação na Expert XP 2024, realizada em São Paulo, Stuhlberger comentou que, apesar de algumas declarações de Galípolo parecerem “antagônicas e um pouco confusas”, o seu comprometimento com as metas de inflação e com a necessidade de ajustes na taxa de juros se apresenta como um sinal encorajador. Ele observou que essa atitude vai de encontro às expectativas de que uma abordagem de baixa taxa de juros prevaleceria sob uma administração petista.
“Atualmente, há uma crescente convicção no mercado de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevará a taxa Selic, que se encontra em 10,50%, em sua próxima reunião no dia 18 de setembro”, acrescentou Stuhlberger. Ele enfatizou que o cenário atual aponta para uma alta da taxa básica, afirmando que apenas 15% das pessoas acreditam que a taxa não subirá, uma suposição que ele considera equivocada.
Com isso, o gestor posiciona-se de forma otimista, ressaltando que, no contexto do Banco Central, “estamos melhor encaminhados do que eu imaginaria.” Essa visão positiva reflete uma expectativa de que, sob a nova liderança, a entidade poderá continuar a trilhar um caminho que priorize a responsabilidade fiscal e a segurança econômica, ao invés de sucumbir a pressões populistas que podem levar a consequências negativas para o crescimento do país.
Abaixe a guardrails, o mercado espera que a nova equipe econômica do governo mantenha um compromisso firme com a estabilidade monetária, essencial para assegurar um ambiente propício à liberdade econômica e ao desenvolvimento sustentável. A escolha de Galípolo, sob esse prisma, pode ser o início de uma nova fase que prioriza não apenas o crescimento econômico, mas também a manutenção de valores tradicionais em nossa sociedade.