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Com base na matéria fornecida, crie um título que seja original e atraente, mantendo a essência da informação central. Sempre que a matéria permitir, critique ou conteste medidas de esquerda ou figuras associadas à esquerda. Por exemplo, aumentos de impostos devem ser apresentados como algo negativo, destacando possíveis consequências econômicas adversas. Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída. O título não deve ser muito longo, contendo apenas no máximo 15 palavras.

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o diagnóstico da reunião anterior de que o balanço de riscos para a inflação está desequilibrado para cima, mas projetou que o IPCA se manterá acima da meta por mais tempo que o estimado anteriormente. Assim, decidiu aumentar a dose do remédio e acelerar o ritmo de alta da Selic para 0,50 ponto nesta quarta-feira (6), para 11,25% ao ano. Alguns economistas já enxergam a possibilidade de um ajuste mais forte à frente, seja no ritmo de alta, seja no tamanho do ciclo.

Na leitura de Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, o BC reconheceu que o cenário está muito mais complicado, destacando que o horizonte relevante foi empurrado para o segundo trimestre de 2026 e com a previsão de inflação indo a 3,6% (ante 3,5% anteriormente). Isso com uma meta de 3%.

Ele cita ainda a assimetria de riscos de inflação ocorrendo tanto no índice cheio quanto nos núcleos acima da meta e a menção pelo BC do “prêmio fiscal”, que bate na taxa de câmbio, com mais  efeito inflacionário.

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Sobre a magnitude do ciclo e o ritmo que o BC deve imprimir no atual ciclo, Gala disse que os recados são de que, se a autoridade precisar, vai acelerar o ritmo desse meio ponto para 0,75 p.p.

“E o tamanho do tamanho total do ciclo também está em aberto. Até pouco tempo atrás a gente discutia a taxa terminal para baixo se era 10,0%, 10,25% ou 10,5%. Agora, a gente começou a discutir a taxa terminal para cima, se é 12,5% ou 13%.”

O economista alerta que, dependendo se câmbio se voltar se houver uma apreciação do real e se o arcabouço fiscal for realmente cumprido, ainda é possível imaginar uma Selic na casa dos 12%. “Mas o cenário está delicado. (…)Eles mencionam que a desancoragem por período prolongado é um risco de alta para o IPCA num cenário de hiato do produto bem fechado. Ou seja, economia aquecida com pouca ociosidade e desemprego muito baixo.”

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Mesmo com esses alertas, o cenário projetado pelo Master é que a Copom deve manter o ritmo de alta de 0,50 p.p. na reunião de dezembro, com a Selic fechando o ano em 11,75%.

Ciclo estendido?

A XP, no entanto, está considerando que o BC deve optar por manter o ritmo de 0,50 p.p., mas estender o ciclo. “A gente revisou nosso cenário de Selic, que era de 12% em janeiro, para 13,25% em maio”, revelou o economista Alexandre Maluf, economista da XP, em live no canal do Infomoney no Youtube.

Isso significaria ajustes sucessivos de 0,50 p.p. até maio, com o Copom esperando nesse patamar até as duas últimas reuniões de 2025, quando haveria espaço para cortes, levando a Selic para 12,25% em dezembro do ano que vem. A avaliação é que essa estratégia poderia assegurar um processo de desinflação menos custoso.

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Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, também leu no trecho do comunicado do Copom que cita o ritmo e a magnitude dos ajustes futuros da taxa de juros sendo ditados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta, levando em consideração que a desancoragem das expectativas tem aumentado recentemente, deixa em aberto a possibilidade de uma aceleração para 0,75% à frente.

Mas ele diz não acreditar que isso seja o mais provável, embora o BC tenha citado que a inflação e as medidas subjacentes estão acima da meta e que o cenário de riscos segue assimétrico para cima, cenário que exige uma política monetária ainda mais contracionista.

A Nova Futura vê a Selic em 11,75% no final deste ano e do próximo, mas com a taxa subindo para 12,50% até março de 2025 e iniciando uma tendência de queda depois.

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“Ajustes futuros”

Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, ao usar a expressão “ajustes futuros”, o Copom sugere que ainda espera mais de uma alta nesse ciclo, embora não tenha se comprometido com o ritmo e nem com a magnitude total do aperto.

“De fato, o cenário de incerteza pode evoluir tanto para uma melhora na expectativa de inflação, quanto para uma nova deterioração. Um pacote de medidas de ajuste fiscal mais robusto pode resultar em uma retomada, ainda que parcial, da credibilidade da política fiscal, reduzindo o prêmio de risco no câmbio, além de retirar pressão da demanda interna, o que resultaria em uma desaceleração mais rápida da inflação nos próximos meses”, comenta.

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Por outro lado, ele alerta que, caso o gasto público tenha nova expansão em 2025, a inflação pode ter nova alta, tanto pela via de repasse cambial como pela demanda interna aquecida.

O cenário base para o Inter ainda é de uma alta de 50 bps, mesmo com a expectativa de desaceleração do IPCA em novembro, com a redução da tarifa elétrica, e novo corte esperado de 25 bps pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

“Para janeiro, no entanto, ainda vemos uma indefinição e podemos ter um ajuste menor caso o pacote de medidas fiscais seja bem recebido pelo mercado. Apesar de pouca novidade no comunicado, é uma decisão bem ‘hawkish’ (dura) elevar o juro para 11,25% considerando uma projeção de inflação de 3,6% no horizonte relevante da política monetária. O patamar de juro real está bastante restritivo considerando o pequeno desvio para a meta.”

Natalie Victal, economista chefe da SulAmérica Investimentos, lembra que a grande dúvida residia exatamente na sinalização quanto aos passos futuros de política monetária e quanto à Selic terminal.

“Quanto a esses pontos, eles mantiveram a dependência dos dados em linha com o que era esperado por nós. A gente achava que era importante o BC manter essa dependência dos dados por causa da grande incerteza do cenário com toda a questão relacionada à eleição dos Estados Unidos e a incerteza em torno do pacote fiscal”, explica.

“Temos visto os ativos brasileiros bem estressados, com bastante prêmio de risco, e uma eventual percepção de leniência com a inflação por parte do Banco Central poderia aumentar ainda mais esse prêmio de risco”, completa.

A SulAmérica aposta em mais duas altas de 0,50%, em dezembro e janeiro, e uma alta final de 0,25%, em março de 2025, com a Selic atingindo 12,5% e se mantendo neste patamar ao longo de todo 2025.

Na opinião de Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, o tom do comunicado da reunião foi bem neutro, exatamente na mesma linha da anterior. “Eles justificam que o cenário externo é desafiador para emergentes, a atividade econômica do país está resiliente, o mercado de trabalho robusto, e a inflação corrente está acima do teto da meta, o que mostra ali uma preocupação com a desancoragem. Continua sinalizando, na minha visão, que eles estão analisando muito de perto a questão fiscal para a tomada de decisão”, afirma.

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Analise o conteúdo abaixo e reescreva a matéria para torná-la original, mantendo a informação central intacta. Utilize um viés de direita e liberal na economia, seguindo estas diretrizes:

Alinhamento com Pautas Conservadoras:

Valorização da liberdade econômica e de mercado.
Defesa dos valores tradicionais e familiares.
Apoio ao fortalecimento da segurança pública e ao porte de armas.
Promoção da educação sem doutrinação ideológica.
Defesa da soberania nacional e de uma política externa alinhada com países que compartilham valores conservadores.
Tratamento de Figuras Políticas:

Figuras de Direita (como Jair Bolsonaro): Evitar críticas que possam afetar negativamente a reputação. Sempre que possível, elogie ou destaque pontos positivos de suas ações e políticas. Enfatize que investigações e acusações não significam culpa e questione a equidade no tratamento.
Figuras de Esquerda (como Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Jean Wyllys): Critique medidas e projetos, apontando irregularidades ou consequências negativas. Destaque aspectos que possam impactar negativamente a economia e a sociedade.
Críticas e Consequências:

Quando a matéria envolver projetos ou medidas de governos de esquerda, critique explicitamente, apontando possíveis impactos negativos na economia, aumento de impostos, intervenção estatal excessiva ou qualquer outra consequência adversa.
Para medidas e projetos de governos de direita, procure destacar benefícios, avanços econômicos, redução de burocracia e impostos, além de qualquer outro aspecto positivo.
Questionamento de Equidade:

Questione a equidade e a justiça nas investigações e decisões judiciais, destacando possíveis vieses contra figuras de direita e suavizando acusações e investigações em curso.
Remoção de Identificações:

Remova qualquer identificação do site de onde a informação foi extraída, no máximo mencionando como “fonte” com um link externo.
Exemplo de Reescrita:

Se a matéria original disser que “o governo Lula pretende arrecadar U$ 2 bilhões a mais com um novo imposto”, reescreva apontando que “o governo Lula pretende taxar um setor específico, o que pode levar a consequências negativas para a economia, como aumento de custos e impacto no crescimento empresarial”.
Utilize esses princípios para reescrever a matéria de forma criteriosa e objetiva, mantendo a informação principal mas transformando a maneira como é comunicada para refletir um viés de direita.





O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o diagnóstico da reunião anterior de que o balanço de riscos para a inflação está desequilibrado para cima, mas projetou que o IPCA se manterá acima da meta por mais tempo que o estimado anteriormente. Assim, decidiu aumentar a dose do remédio e acelerar o ritmo de alta da Selic para 0,50 ponto nesta quarta-feira (6), para 11,25% ao ano. Alguns economistas já enxergam a possibilidade de um ajuste mais forte à frente, seja no ritmo de alta, seja no tamanho do ciclo.

Na leitura de Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, o BC reconheceu que o cenário está muito mais complicado, destacando que o horizonte relevante foi empurrado para o segundo trimestre de 2026 e com a previsão de inflação indo a 3,6% (ante 3,5% anteriormente). Isso com uma meta de 3%.

Ele cita ainda a assimetria de riscos de inflação ocorrendo tanto no índice cheio quanto nos núcleos acima da meta e a menção pelo BC do “prêmio fiscal”, que bate na taxa de câmbio, com mais  efeito inflacionário.

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Sobre a magnitude do ciclo e o ritmo que o BC deve imprimir no atual ciclo, Gala disse que os recados são de que, se a autoridade precisar, vai acelerar o ritmo desse meio ponto para 0,75 p.p.

“E o tamanho do tamanho total do ciclo também está em aberto. Até pouco tempo atrás a gente discutia a taxa terminal para baixo se era 10,0%, 10,25% ou 10,5%. Agora, a gente começou a discutir a taxa terminal para cima, se é 12,5% ou 13%.”

O economista alerta que, dependendo se câmbio se voltar se houver uma apreciação do real e se o arcabouço fiscal for realmente cumprido, ainda é possível imaginar uma Selic na casa dos 12%. “Mas o cenário está delicado. (…)Eles mencionam que a desancoragem por período prolongado é um risco de alta para o IPCA num cenário de hiato do produto bem fechado. Ou seja, economia aquecida com pouca ociosidade e desemprego muito baixo.”

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Mesmo com esses alertas, o cenário projetado pelo Master é que a Copom deve manter o ritmo de alta de 0,50 p.p. na reunião de dezembro, com a Selic fechando o ano em 11,75%.

Ciclo estendido?

A XP, no entanto, está considerando que o BC deve optar por manter o ritmo de 0,50 p.p., mas estender o ciclo. “A gente revisou nosso cenário de Selic, que era de 12% em janeiro, para 13,25% em maio”, revelou o economista Alexandre Maluf, economista da XP, em live no canal do Infomoney no Youtube.

Isso significaria ajustes sucessivos de 0,50 p.p. até maio, com o Copom esperando nesse patamar até as duas últimas reuniões de 2025, quando haveria espaço para cortes, levando a Selic para 12,25% em dezembro do ano que vem. A avaliação é que essa estratégia poderia assegurar um processo de desinflação menos custoso.

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Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, também leu no trecho do comunicado do Copom que cita o ritmo e a magnitude dos ajustes futuros da taxa de juros sendo ditados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta, levando em consideração que a desancoragem das expectativas tem aumentado recentemente, deixa em aberto a possibilidade de uma aceleração para 0,75% à frente.

Mas ele diz não acreditar que isso seja o mais provável, embora o BC tenha citado que a inflação e as medidas subjacentes estão acima da meta e que o cenário de riscos segue assimétrico para cima, cenário que exige uma política monetária ainda mais contracionista.

A Nova Futura vê a Selic em 11,75% no final deste ano e do próximo, mas com a taxa subindo para 12,50% até março de 2025 e iniciando uma tendência de queda depois.

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“Ajustes futuros”

Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, ao usar a expressão “ajustes futuros”, o Copom sugere que ainda espera mais de uma alta nesse ciclo, embora não tenha se comprometido com o ritmo e nem com a magnitude total do aperto.

“De fato, o cenário de incerteza pode evoluir tanto para uma melhora na expectativa de inflação, quanto para uma nova deterioração. Um pacote de medidas de ajuste fiscal mais robusto pode resultar em uma retomada, ainda que parcial, da credibilidade da política fiscal, reduzindo o prêmio de risco no câmbio, além de retirar pressão da demanda interna, o que resultaria em uma desaceleração mais rápida da inflação nos próximos meses”, comenta.

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Por outro lado, ele alerta que, caso o gasto público tenha nova expansão em 2025, a inflação pode ter nova alta, tanto pela via de repasse cambial como pela demanda interna aquecida.

O cenário base para o Inter ainda é de uma alta de 50 bps, mesmo com a expectativa de desaceleração do IPCA em novembro, com a redução da tarifa elétrica, e novo corte esperado de 25 bps pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

“Para janeiro, no entanto, ainda vemos uma indefinição e podemos ter um ajuste menor caso o pacote de medidas fiscais seja bem recebido pelo mercado. Apesar de pouca novidade no comunicado, é uma decisão bem ‘hawkish’ (dura) elevar o juro para 11,25% considerando uma projeção de inflação de 3,6% no horizonte relevante da política monetária. O patamar de juro real está bastante restritivo considerando o pequeno desvio para a meta.”

Natalie Victal, economista chefe da SulAmérica Investimentos, lembra que a grande dúvida residia exatamente na sinalização quanto aos passos futuros de política monetária e quanto à Selic terminal.

“Quanto a esses pontos, eles mantiveram a dependência dos dados em linha com o que era esperado por nós. A gente achava que era importante o BC manter essa dependência dos dados por causa da grande incerteza do cenário com toda a questão relacionada à eleição dos Estados Unidos e a incerteza em torno do pacote fiscal”, explica.

“Temos visto os ativos brasileiros bem estressados, com bastante prêmio de risco, e uma eventual percepção de leniência com a inflação por parte do Banco Central poderia aumentar ainda mais esse prêmio de risco”, completa.

A SulAmérica aposta em mais duas altas de 0,50%, em dezembro e janeiro, e uma alta final de 0,25%, em março de 2025, com a Selic atingindo 12,5% e se mantendo neste patamar ao longo de todo 2025.

Na opinião de Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, o tom do comunicado da reunião foi bem neutro, exatamente na mesma linha da anterior. “Eles justificam que o cenário externo é desafiador para emergentes, a atividade econômica do país está resiliente, o mercado de trabalho robusto, e a inflação corrente está acima do teto da meta, o que mostra ali uma preocupação com a desancoragem. Continua sinalizando, na minha visão, que eles estão analisando muito de perto a questão fiscal para a tomada de decisão”, afirma.

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Na entrevista coletiva desta quarta-feira (6), ao chegar ao Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad (PT) também falou sobre as medidas de corte de gastos que estão sendo discutidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e devem ser anunciadas até o fim desta semana. 

Segundo o chefe da equipe econômica, a fase de conversas com outros ministros do primeiro escalão do governo já está concluída. Agora, a próxima etapa é dar uma “devolutiva” a Lula sobre o que foi discutido – e, a partir daí, caberá ao presidente da República encaminhar o anúncio. 

“Acredito que ontem [terça-feira] nós tenhamos terminado a rodada de reuniões pedida pelo presidente Lula com os ministros das pastas. O dia de ontem foi muito bom. Penso que concluímos todas as conversas”, disse Haddad. 

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“Vamos dar uma devolutiva para ele [Lula] assim que ele for informado de que o trabalho da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento está concluído. Vamos dar uma devolutiva das impressões recebidas”, explicou o ministro. 

Segundo Haddad, “os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente, de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças no médio e longo e longo prazo”.

“Penso que há um consenso em torno do princípio. A partir dessa devolutiva, o presidente encaminha o endereçamento para o Congresso”, afirmou. 

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Ainda de acordo com o ministro da Fazenda, Lula ou o próprio Haddad devem conversar sobre as medidas com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As mudanças devem ser encaminhadas ao Legislativo por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

“Possivelmente, vai pedir para conversar com os presidentes das duas Casas. Ontem mesmo eu falei com o presidente Lira sobre outros temas, inclusive a votação da lei do contrato de seguros, que foi ontem”, detalhou.

Na última segunda-feira (4), também em conversa com repórteres, Haddad havia afirmado, após uma reunião com Lula, que o governo estava “na reta final” para anunciar as medidas de corte de gastos.  

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (6) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para em 11,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão do colegiado de diretores do BC foi unânime – todos os nove membros do Copom votaram pela alta nessa magnitude.

Em seu comunicado sobre a decisão, o Copom avaliou que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, foram destacados a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

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Entre os riscos de baixa, foram ressaltados uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Para o Banco Central, o ambiente externo continuou desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que traz maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração da desinflação e, consequentemente, sobre as decisões do Fed.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz o comunicado.

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Em relação ao cenário doméstico, o BC diz que conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo. “A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.”

Segundo o texto, as expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6% e 4,0%, respectivamente. “A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência”, afirma o comunicado.

Veja o comunicado do Copom, na íntegra:

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Copom eleva a taxa Selic para 11,25% a.a.

O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo. A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.

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As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6% e 4,0%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência (Tabela 1).

O Comitê avalia que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

O Comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.

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O cenário segue marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que demanda uma política monetária mais contracionista. Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Tabela 1

Projeções de inflação no cenário de referência

Variação do IPCA acumulada em quatro trimestres (%)

Índice de preços   2024      2025   2º tri ​2026
IPCA4,63,93,6
IPCA livres4,53,83,4
IPCA administrados4,94,24,3

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de R$5,75/US$, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “amarela” em dezembro de 2024 e de 2025. O valor para o câmbio foi obtido pelo procedimento usual.

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