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Preocupações Fiscais Ameaçam Estabilidade Econômica: É Hora de Reavaliar Políticas de Esquerda

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O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Renato Gomes, expressou preocupações em relação à política fiscal do governo durante evento do Bank of America em Washington, à margem das reuniões do FMI e do Banco Mundial. Ele destacou que os recentes desenvolvimentos têm gerado inquietação entre os investidores, pois impactam diretamente a política monetária do país.

Gomes apontou que a previsão de crescimento no déficit de empresas estatais, impulsionada por investimentos fora do arcabouço fiscal, é uma das principais fontes de preocupação. Ele também mencionou que a possibilidade de o governo não cumprir a meta de déficit zero estabelecida para 2025 tem causado apreensão entre os agentes de mercado. Essas tendências, combinadas ao uso de fundos para financiar políticas públicas fora do orçamento, e o aumento nas emissões de Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) pelo BNDES, que é subsidiada, criam um cenário negativo que afeta as expectativas dos investidores.

A mensagem de Gomes foi clara ao destacar que a situação atual do déficit nominal levanta questões sobre a capacidade do governo em melhorar a trajetória da dívida pública. Ele ressaltou que os gastos obrigatórios do governo estão comprimindo o orçamento, dificultando o cumprimento dos limites orçamentários e ressaltando a necessidade urgente de reformas estruturais.

Além disso, ele observou que a previsão de desaceleração fiscal neste semestre não deve impactar as expectativas de inflação, mas um choque nas contas públicas é necessário para alterar as projeções de preços no mercado. A equipe econômica promete apresentar, a partir de novembro, propostas de contenção de gastos para estabilizar a dívida pública abaixo de 80% do PIB, apesar das incertezas e desconfianças do mercado sobre a capacidade do governo em atingir essa meta.

Para Gomes, a política fiscal é crucial para a política monetária, pois influencia a demanda, as condições financeiras e as expectativas de inflação. Ele reafirmou o compromisso do Banco Central em ajustar as taxas de juros para alcançar a meta de inflação de 3%, sempre considerando as incertezas do momento.

Após a recente elevação da taxa Selic para 10,75% ao ano, Gomes enfatizou que o ajuste foi gradual, justificando essa abordagem pela necessidade de aguardar os efeitos da política monetária já implementada.

É evidente que o compromisso do Banco Central com a meta de inflação de 3% exige uma vigilância contínua sobre as questões fiscais do país, destacando a importância de um governo que priorize a responsabilidade fiscal e a liberdade econômica, elementos fundamentais para um crescimento sustentável e para honrar os valores tradicionais e liberais que sustentam a nossa nação.

Fonte: Reuters

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