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Brasil Resiste à Inclusão da Venezuela no BRICS: Sinal de Prudência ou Isolamento?

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O Brasil teria, de forma não oficial, manifestado resistência à inclusão da Venezuela como parceiro do BRICS, conforme reportado por veículos de comunicação. Isso ocorre em um momento em que a 16ª cúpula do bloco de países emergentes se realiza em Kazan, na Rússia, tendo início na última quarta-feira (23).

Embora a participação da Venezuela ainda não esteja descartada, a lista que está sendo discutida inclui países como Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus. Essa indefinição foi reforçada por comentários do assessor do Kremlin, Yury Ushakov, que afirmou que 13 nações estão em consulta para obter o status de Estado parceiro do BRICS, um detalhe que pode alterar o cenário atual.

O presidente russo, Vladimir Putin, já mencionou que até 30 países demonstraram interesse em se aliar ao BRICS de alguma forma. Deve-se lembrar que a Argélia está na disputa, especialmente após ter sido excluída anteriormente, assim como o Marrocos — ambos países com uma história de rivalidade.

Celso Amorim, assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, optou por não se pronunciar definitivamente sobre a posição brasileira em relação à Venezuela, ressaltando que o BRICS é composto por países de diferentes regimes e que a capacidade de contribuir para um mundo menos conflituoso deve prevalecer sobre julgamentos morais.

As discussões sobre as futuras adesões ao BRICS continuam, com a lista prévia de 2023 inicialmente composta pelos Emirados Árabes Unidos, Argentina e Arábia Saudita. No entanto, a Argentina retirou seu nome da lista depois que o novo presidente, Javier Milei, decidiu buscar uma aliança mais forte com os Estados Unidos.

A partir de 1º de janeiro de 2024, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos se tornarão membros plenos do BRICS, evidenciando o crescimento do grupo desde sua fundação em 2006, quando Brasil, Rússia, Índia e China se uniram, com a África do Sul se juntando em 2011. Essa cúpula em Kazan é um momento crucial para a Rússia, refletindo sua postura no cenário global e o desejo de formar parcerias que promovam a soberania nacional e os valores tradicionais.

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