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Inflação em Alta: Aumentos de Impostos e Taxas Selic Perspectivam Desafios Econômicos

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O recente relatório sobre a inflação de setembro revela um aumento mensal de 0,44%, ligeiramente abaixo das projeções, mas, segundo economistas, isso não será suficiente para modificar a política monetária do Banco Central. A expectativa é que o ciclo de elevação da taxa Selic continue, visto que as pressões inflacionárias se mantêm acima das metas estabelecidas.

Alexandre Maluf, economista da XP, explica que o crescimento do IPCA foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento nas contas de energia elétrica, resultado da ativação da bandeira vermelha 1, além da alta dos preços de carnes bovina e suína. Apesar de agradáveis surpresas em alguns setores de serviços, que mostraram desaceleração, o núcleo da inflação se manteve elevado, passando de 4,5% para 4,8%.

As previsões da XP indicam que, apesar de avanços em certos indicadores, o Copom, em suas próximas reuniões, poderá elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, seguido de um ajuste adicional em janeiro. O risco de inflação continuar alto é elevado, especialmente considerando as recentes tendências nos preços de alimentos.

O economista André Valério, do Inter, confirma que o IPCA reflete um cenário de volatilidade, mas acrescenta que a dinâmica inflacionária permanece sob controle, o que poderia indicar uma resposta mais gradual às altas taxas de juros. Entretanto, Valério também sugere que o Copom deve agir preventivamente e aumentar a Selic na próxima reunião, dadas as pressões que persistem.

Por outro lado, Marcos Moreira, da WMS Capital, destaca que a elevada taxa de desemprego e a dinâmica do mercado de trabalho podem dificultar a convergência da inflação para a meta. De acordo com Moreira, isso poderá levar a novas altas na Selic, pois o Banco Central precisa monitorar de perto a saúde econômica do país.

Com a previsão de um crescimento real do crédito de 6,5% este ano e um PIB em expansão, as pressões inflacionárias permanecem uma preocupação. Já a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, associa o aumento dos preços de alimentos à seca e a problemas na produção agrícola. Ela vê a pressão sobre a inflação se intensificando, especialmente com o aumento da tarifa de energia.

Diante dessas condições, a recomendação de continuar com a escalada da Selic se faz necessária, com ajustes de 0,50 ponto percentual previstos para as próximas reuniões. Os analistas acreditam que a política monetária deverá permanecer rigorosa até que se veja uma estabilização clara nos preços e na inflação, em um cenário que valoriza a liberdade econômica e a responsabilidade fiscal.

Para quem defende a priorização da segurança econômica e a manutenção de um ambiente favorável aos negócios, tais medidas podem ser vistas como um caminho essencial para evitar que as questões inflacionárias comprometam o crescimento e o progresso do país. A estabilidade, em última instância, é fundamental para garantir que os valores tradicionais e familiares continuem a ser respeitados no Brasil.

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